5 anos de Café com Filme
Caos, destruição e café [promoção]
Eu tinha 16 anos quando uns amigos me recomendaram “Clube da Luta”. Eu já tinha ouvido falar do filme e, de cabeça, a única coisa da qual tinha certeza em relação a ele era de que Brad Pitt era um dos protagonistas. Fui até a locadora (pois estávamos, na época, em 2004), aluguei o DVD e este foi o programa da sexta-feira à noite: ver “Clube da Luta” pela primeira vez.
Mas, junto com a recomendação para ver a película, os mesmos amigos me deram outra dica: veja mais de uma vez. E foi o que eu fiz já no outro dia, revi o filme e dá para dizer que nasceu ali o meu interesse por cinema — não gosto de me autoproclamar cinéfilo porque, além de achar o rótulo meio xarope, me soa bastante pedante se dizer viciado em cinema como se isso fosse algo inusitado, incrível, diferenciado etc.
De 2004 até hoje eu já perdi a conta de quantas vezes assisti ao filme estrelado por Brad Pitt (“12 Anos de Escravidão”), Edward Norton (“Birdman”) e Helena Bonham Carter (“Cinderela“). Além do trio, nomes como Meat Loaf (“Tenacious D”) e Jared Leto (“Clube de Compras Dallas”) complementam o elenco talentoso sob a batuta do grande David Fincher (“Garota Exemplar”).
“Clube da Luta” deve ter sido, provavelmente, um dos primeiros DVDs que eu comprei com meu próprio dinheiro — e, depois disso, recomprei quando o blu-ray deixou de ser um artigo de luxo por aqui. Mas meu interesse pelo filme despertou algo a mais, que foi ir atrás da história por trás da película: foi então que eu conheci um sujeito chamado Chuck Palahniuk.
Palahniuk foi a cabeça pensante por trás da história. Ele trouxe ao mundo Tyler Durden, Marla Singer, Angel Face, Bob e todo o universo excêntrico, subversivo e explosivo de “Clube da Luta”, transportado para a telona de forma magistral e excepcionalmente precisa por Fincher e seu roteirista, Jim Uhls.
“Clube da Luta”, o livro, foi o primeiro que eu consegui ler no computador, único recurso disponível à época para ter acesso à obra traduzida para o português por aqui, visto que ela havia se esgotado na editora e não havia qualquer menção de uma republicação em breve — felizmente, recentemente a editora Leya trouxe para cá uma não só uma nova edição de “Clube da Luta”, mas também outros livros de Palahniuk, como “O Sobrevivente” e “Condenada”.
Ver o filme e ler o livro é uma experiência interessante porque é possível indicar inúmeras semelhanças entre ambos, eles se complementam, e mesmo as alterações feitas para transpor a obra para o cinema consegue agregar ao conjunto.
Transgressão, questionamento ao patamar social em que nos encontramos e que é também a origem de muitas de nossas angústias, humor cáustico, narrativa perfeita e excelentes atuações: tudo isso compõe esse universo caótico que todo mundo deveria experimentar.
Esta postagem faz parte das celebrações pelos cinco anos do Café com Filme, comemorados no dia 29 de março de 2015. O Café completa meia década de vida e, por isso, vamos oferecer diversos prêmios aos nossos leitores, sempre relacionados às postagens especiais feitas pela equipe do site. A promoção começa hoje (29) e você tem até às 23h59 do dia 05 de abril para responder — ao enviar sua resposta, você afirma ter lido e concordado com os termos do regulamento:
Boa sorte!
O livro Clube da Luta foi fornecido pela Livraria A Página para a realização deste concurso cultural.