Beetlejuice está de volta! Depois de uma tragédia familiar inesperada, três gerações da família Deetz voltam para casa em Winter River. Ainda assombrada por Beetlejuice, a vida de Lydia vira de cabeça para baixo quando sua filha adolescente rebelde, Astrid, descobre a misteriosa maquete da cidade no sótão, e o portal para a vida após a morte é acidentalmente aberto. Com problemas em ambos os reinos, é apenas uma questão de tempo até que alguém diga o nome de Beetlejuice três vezes, e o demônio travesso volte para levar ao mundo seu próprio estilo de caos.
Moscou, 1902. O famoso diretor de teatro Konstantin Stanislavsky, em busca de inspiração para encenar uma nova peça, decide conhecer a vida do "submundo" da cidade. Ele pede ajuda a Vladimir Gilyarovsky, um reconhecido especialista no submundo de Moscou. Juntos, eles vão até o lendário bairro de bandidos, Khitrovka, e se envolvem na investigação do assassinato de um misterioso residente local: um sikh indiano com um passado sombrio...
Em um resort de férias decadente, no final da década de 1990, Sophie (Frankie Corio), de 11 anos, aprecia um tempo raro junto com seu pai amoroso e idealista, Calum (Paul Mescal). À medida que o mundo da adolescência se aproxima dela, longe de seus olhos, Calum luta sob o peso da vida fora da paternidade.
Vinte anos depois, as lembranças ternas de Sophie de suas férias tornam-se um retrato poderoso e comovente de seu relacionamento paterno, enquanto ela tenta reconciliar o pai que conheceu com o homem que não conhecia, neste soberbo e emocionante longa de estreia de Charlotte Wells.
Conheça Eric Binford. Um cinéfilo que sabe todas as falas e detalhes das obras cinematográficas. Ele trabalha numa distribuidora de filmes, mas sua realidade é no mundo da ficção. Após inúmeras situações de humilhação e também um fora de uma garota que parece a atriz Marilyn Monroe (Linda Kerridge), o jovem Eric Binford (Dennis Christopher) decide tomar um rumo diferente em sua vida: encarnar heróis e vilões de suas películas favoritas, que em geral envolvem assassinatos macabros. Agora, os humilhados serão vingados!
Depois de fazerem sucesso na série Tico e Teco os Defensores da Lei, os protagonistas Tico e Teco foram esquecidos. Anos mais tarde, a dupla retorna quando Teco recebe uma cirurgia computadorizada e pede ajuda para Tico. Reunidos, a dupla vai em busca dos outros integrantes do grupo, onde cada um deles tem um vício diferente por conta da fama.
Gattaca, produção de 1997, trata de um futuro não tão distante, no qual a ciência venceu, porém, a falta de humanidade também. Na mesma direção, o que o negacionismo científico de 2021 nos diz sobre essa produção, que está próxima dos seus 25 aninhos? A genética ou a capacidade representa nossa identidade?
"Gattaca" conta com direção de Andrew Niccol e com produção executiva do consagrado Danny DeVito (o Pinguim do Batman, de Tim Burton). Nessa produção, a ascensão social é exclusivamente marcada pelo DNA (Ácido Desoxirribonucleico), composto orgânico responsável pelo desenvolvimento e funcionamento de todos os seres vivos, cuja combinação é única para cada ser celular. Não por acaso, o signo principal do filme provém dos quatro compostos de Base Nuclear do DNA (Guanina, Adenina, Timina, Citosina) formando três sílabas, portanto, o título do filme = GATTACA.
Lembram da ovelhinha Dolly e o sequenciamento genético do final dos anos 1990?
A configuração temática da impossibilidade de ascensão social está presente no signo da fita do DNA, inclusive o formato da escada da mansão do ator coadjuvante Eugene, de "Gattaca" (Jude Law – sacaram o nome dele? Eu [do grego = bom) gene]?). Ele é a exata representação teórica do DNA, tendo em vista que, por ser paraplégico, ele não concede subir literalmente a sua própria escada, o que o faz também, para além da sua prisão chamada lar, que não ascenda socialmente.
Assim, a estratificação social é garantida por um modelo, o qual chamamos sociedade estamental. Nesse sentido, o filme mostra que pouco após o nascimento, a partir de uma amostra de sangue, a criança já será sagrada ou condenada, pois o exame já mostra a probabilidade que terá de contrair doenças crônicas, prevendo até mesmo o possível tempo de vida.
No contexto de Gattaca, há o geneoísmo, o preconceito social por pessoas de base genética rejeitada pelas instituições. Nesse caso, os nascidos naturais, são chamados degenerados ou uterinos, filhos da fé, e até mesmo de inválidos, uma vez que se opõem aos bebês selecionados geneticamente, com sêmens de homens selecionados, em clínicas que disponibilizarão uma inseminação que produzira o feto mais perfeito possível.
São Uma Thurman e Jude Law os coadjuvantes que acompanham o destino de Vincent (Ethan Hawke), o qual terá como companheira a personagem de Uma Thurman, Irene, e seu fornecedor genético, Eugene, cujo excelente papel é feito por Jude Law. Este é um cadeirante que possui um DNA praticamente perfeito, mas sua ascensão foi interrompida por um acidente ainda jovem que o deixou deficiente quando era um atleta medalhista, que buscava o ouro na natação.
Ele empresta seu nome verdadeiro, Jerome Morrow, a Vincent (Ethan Hawke), que, em virtude do péssimo DNA (de doença crônica no coração, ele é um filho da fé, uterino), ele aceita submeter-se a um duro processo de se passar por outra pessoa, a fim de ascender socialmente por meio do ingresso no projeto Gattaca. Embora não se explique no filme, está claro que é uma instalação de alta tecnologia, voltada para superdotados geneticamente, com o direito a fazer parte de um projeto espacial no final do curso.
Gattaca: um X-Men às avessas?
Se pensarmos bem, "Gattaca" seria um X-Men às avessas. A história de X-Men foca na mutação natural do gene, que torna o detentor da mutação menosprezado socialmente, mas ao mesmo tempo poderoso em alguma direção. Gattaca, por sua vez, não “tira com uma mão e dá com outra”, ou seja, ou se nasce geneticamente superdotado ou se vai para o baixo escalão social que esse tipo de seleção natural (ambientada em testes laboratoriais) destina aos seres “inferiores” geneticamente.
As entrevistas de emprego representadas no filme nem sequer pedem que o entrevistado fale, coloca-se um potinho na frente e pedem um fio de cabelo para teste. Assim, ao se deparar com essa situação, Vincent tenta ser um falso alpinista social, fato que o levará a procurar Jerome Morrow, Eugene, o cara do “bom gene”.
A trama tem duas camadas, além daquela camada social que foi apresentada anteriormente, ou seja, há uma trama relacionada aos coadjuvantes de Vincent (já citados acima) e uma outra completamente clichê. De fato, esse outro percurso narrativo poderia ser excluído do filme, mas a influência hollywoodiana da produção tornou necessário mostrar o drama familiar de Vincent, o qual acredito ser o único incômodo do filme.
Na mesma direção em que Vincent é o oposto de Eugene, Vincent também é o oposto de seu irmão Anton, que, após seu pai não gostar dos genes de Vincent, decide produzir um filho biologicamente perfeito e o batizar com seu nome, Anton. Não é necessário dizer que os dois irmãos criam rivalidade desde pequenos e que, apesar de Vincent ser uterino, ele vence o irmão perfeito em um dos desafios e por aí vai esse plot chato. Para mim, um plot completamente desnecessário e o único problema do filme.
Muito antes de Black Mirror...
Tecnicamente, o filme é interessante pois se passa em uma sociedade distópica sem necessariamente valer-se de efeitos especiais. Como foca no tema da manipulação genética e não nos encadeamentos narrativos em planos rápidos e de ação, o filme é muito utilizado, por exemplo, em escolas no Brasil, para discutir a importância da herança e da manipulação genética e seus percalços sociais.
O filme Gattaca serve de alerta sobre a questão de que o determinismo social pode fazer o ser mais perfeito geneticamente ser um inválido, enquanto a força de vontade (signo metafórico de Vincent) seria o motor para se vencer socialmente. Fica o mérito para a cena em que os alunos de Gattaca testemunham um pianista como o único ser que pode tocar aquela peça musical, pois ele tem polidactilia, por isso, os seis dedos o fazem executar com perfeição a arte.
Esse jogo de valores e outras camadas de interpretação é que importam no filme, por isso, o indico como um tipo de produção de arte mais lenta e de fruição sociocultural.