Crítica do filme À Beira Mar
Um mar calmo até demais
Dirigido e escrito por Angeline Jolie ("Invencível") "À Beira Mar" e estrelado por ela mesma e também por seu marido, o ator Brad Pitt ("Os 12 Macacos"). Temos diante de nossos olhos um típico exemplo do filme que não decola. E nem dá para dizer que ele ensaia um voo alto em algum momento, porque a impressão é de que vamos do nada ao lugar nenhum
Nele, acompanhamos o casal Roland (Pitt) e Vanessa (Jolie) em uma espécie de retiro profissional no litoral da França porque ele, um famoso escritor está em busca de inspiração para o seu novo livro. Aí é possível perceber um casal problemático e que mal sabe como agir para salvar seu casamento, até que o casal do quarto ao lado consegue criar um fato novo na vida afetiva dos dois.
O filme não é ruim. A história retratada ali deixa o ar de que poderia ter sido melhor trabalhada, apesar da direção sem problemas de Angelina Jolie. No entanto, a obra se arrasta por longas duas horas de duração sem qualquer justificativa. Os primeiros 40 minutos são arrastados demais, o aumenta a angústia para que tudo acabe logo.
O roteiro acerta no tema, mas falha na abordagem, especialmente quando insinua uma série de situações que não se desenrolam. Durante boa parte do filme, Vanessa exprime desejo por algo que pode vir a ser, mas o desenrolar da história leva a trama para outro lado, o que torna tudo um pouco frustrante.
Da metade para o final do filme há avalanche de informações, que jogam luz em toda a situação, mas nem por isso conseguem retomar o interesse do espectador pela obra. O excesso de arrodeios, as insinuações sem sentido e dramas que não funcionam tornam "À Beira do Mar" um filme com mais erros do que acertos.
Viajamos para encontrar a solução que está dentro de nós