Crítica do filme Atividade Paranormal: Dimensão Fantasma

Que barulho foi esse?

por
Thiago Moura

23 de Outubro de 2015
Fonte da imagem: Divulgação/
Tema 🌞 🌚
Tempo 🕐 4 min

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Pois é, 4 filmes e um spin-off depois, estamos aqui novamente. Gostaria de iniciar dizendo que odeio filmes de terror por um motivo bem simples: eu morro de medo e acredito em tudo. Se o filme for divulgado como “baseado em fatos reais”, por mais falcatrua que seja, eu vou passar o mais longe disso por puro e simples medo. Porém, raras vezes em que eu assisti a um filme desses acabei me assustando verdadeiramente. É tudo uma questão de expectativa, que quase nunca é satisfeita.

"Atividade Paranormal: Dimensão Fantasma" se passa em Dezembro de 2013, a família Fleege resolveu se mudar para uma nova casa e passar o Natal por lá. Mas o período que deveria ser de alegria acaba virando terror quando Ryan (Chris J. Murray) e seu irmão Mike (Dan Gill) encontram uma câmera e uma caixa de fitas velhas na garagem. Quando eles olham para o conteúdo gravado, logo descobrem que há uma (sic) “Atividade Paranormal” assombrando o local, e quem acompanhou a franquia até aqui vai perceber que essas fitas são de “Atividade Paranormal 3”.

E em relação aos filmes anteriores, o diretor Gregory Plotkin, garante que todas as perguntas deixadas em aberto serão respondidas nesse filme. Além disso, finalmente poderemos ver algo além de crianças satânicas e lençóis se movendo levemente. Como esperado, as primeiras cenas são totalmente normais, apresentando os personagens e o ambiente, e diversos momentos de alívio cômico, buscando relaxar os expectadores para os momentos assustadores. Só que até acontecer alguma coisa você pode esquecer sobre o que o filme trata.

A câmera encontrada é totalmente tunada e contem o dobro de tubos de imagem do que os modelos normais, e isso faz com que ela veja a tal dimensão fantasma do título. A novidade acaba sendo essa visão do mundo invisível, e é o grande chamariz para o cinema 3D. Pessoalmente, achei a “dimensão fantasma” meio tosca, ficando entre um defeito na captação da imagem e um objeto em 3D sem acabamento.

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A filha de Ryan, Leila (Ivy George), de repente começa a interagir com um amigo imaginário chamado Toby, e novamente para quem acompanhou até aqui sabe que o Toby é o cramunhão dos filmes anteriores. E agora a gente consegue ver ele também! Progressivamente durante o filme a imagem vai ficando mais nítida, e o motivo é meio óbvio. Quanto mais medo as pessoas sentem, mais forte ele fica. Então toda a assombração tem o motivo de fortalecer esse capeta, e isso é bem efetivo, pelo menos os personagens ficam com medo do que está acontecendo. E se você pensou na solução simples de deixar tudo ali e ir morar em outro lugar, existe uma justificativa razoável para isso.

Isso pelo pelo fato de que nada ali da medo. Na verdade só o que acontece são “jumpscares”, um efeito recorrente em filmes de terror, que consiste em fazer o expectador acreditar que nada vai acontecer e subitamente revelar a fonte do medo, normalmente com um efeito sonoro bem dramático. Desnecessário dizer que o recurso perde o efeito se utilizado seguidamente, e é bem esse o caso. Mas se você gostar de filmes em 3D, foi exatamente pra isso que ele foi criado. Vai ter algo pulando na sua cara o tempo todo.

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Ryan e Mike passam um bom tempo assistindo as fitas encontradas de Atividade Paranormal 3, onde Katie e Kristi Featherston fazem uma espécie de treinamento sobrenatural. Era de se esperar que fosse mostrado algo que complementasse essa história, mas depois de um tempo você acaba assistindo dois caras meio sem noção, assistindo a um filme que você provavelmente já viu e filmando a tela enquanto isso!  Eu aceito todo o lance de fantasmas e coisas sobrenaturais, mas isso não faz sentido pra mim.

Como dito, o foco desse filme é o 3D, então a Paramount recomenda muito que você veja no cinema, mas pessoalmente acho mais interessante ver em casa, no escuro e de preferência sozinho. Sem dúvida você vai achar que algo se mexeu e ouvir barulhos estranhos, e a experiência será bem mais interessante. (Escrevo isso as 3 da manhã, com a luz acessa e pensando em não dormir hoje).

Fonte das imagens: Divulgação/
Diretor: Gregory Plotkin
Duração: 88 min
Estreia: 22 / out / 2015
Thiago Moura

Curto as parada massa.