Crítica do filme Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge
Uma conclusão épica!
Há sete anos, Christopher Nolan iniciou uma obra complexa com Batman Begins. Três anos depois, ele abusou do universo do Homem-Morcego e nos apresentou um dos vilões mais convincentes (para mim, é o melhor) de todos os tempos – méritos ao memorável Heath Ledger.
Agora, temos o prazer de conhecer as reais proporções de Gotham. Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge é ousado em todos os sentidos. O filme é muito convincente ao continuar com vilões realistas e situações adversas que seriam possíveis em nosso mundo. É notável o capricho na fotografia, no figurino, nos efeitos e em quase todos os mínimos detalhes.
No filme, Batman não está na ativa e a cidade vai bem graças ao projeto de lei de Harvey Dent. A volta do herói ao combate é a grande sacada do título. As primeiras cenas em que Batman e Bane aparecem são sensacionais – ainda que, para alguns, possa parecer forçado o primeiro lance da projeção. Vamos combinar que todos os filmes de herói têm coisas absurdas, então, não vale atentar a detalhes tão pequenos...
No desenrolar da história, podemos acompanhar o excelente desempenho de Tom Hardy. Bane não é o mesmo dos quadrinhos; é um personagem com pequenas diferenças e difícil de decifrar. A voz dele é bem interessante e impõe respeito. Christian Bale continua atuando bem, mostrando que o Batman dos outros filmes é o mesmo deste (apesar de estar um pouco enferrujado).
Oldman e Freeman atuam muito bem – como já fizeram nos títulos anteriores. Vale destaque para os novatos, Joseph Gordon-Levitt e Anne Hathaway, que fazem os papéis de um policial ajudante do Comissário Gordon e da Mulher Gato, respectivamente. A menos expressiva é Marion Cotillard, mas ela não aparenta destoar muito da trama. Enfim, o elenco é caprichado!
Para mim, este foi o melhor filme da trilogia – e o melhor do ano. Veja algumas considerações sobre os longas dirigidos por Nolan:
E o que seria dessa trilogia sem o toque musical de Hans Zimmer? Neste último filme, a trilha impulsiona as emoções e aumenta o clima de tensão. Em alguns momentos, apenas os efeitos sonoros são reproduzidos, mas isso não deixa nenhuma cena menos empolgante. Muito pelo contrário, os combates são cheios de adrenalina.
Não há dúvidas. Christopher Nolan reinventou o retrato dos heróis no cinema! O entrelaçar dos três filmes não é uma simples receita que possa ser copiada por outros diretores. Em Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge, o cineasta encerra a trilogia com profundidade, com um toque dramático que ninguém imaginava. Eu poderia fazer muitos elogios, mas uma palavra basta: épico!
Se você ainda não viu, aproveite para comprar seu ingresso. De preferência, veja em IMAX, pois tem muitas cenas capturadas especialmente para esse formato.