Crítica do filme Guardiões da Galáxia
Toda a espera valeu muito a pena!
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James Gunn realizou um ótimo trabalho ao retratar os "Guardiões da Galáxia" nas telonas. O mais novo filme das franquias de heróis da Marvel consegue satisfazer todas as expectativas dos fãs, e é divertido do início ao fim! A primeira coisa que você precisa esquecer é que esse é um filme "tipo Vingadores". Não tem como comparar, e essa comparação é totalmente desnecessária.
Pra começar, os protagonistas são relativamente desconhecidos da galera, especialmente quem acompanha a Marvel apenas nas telonas. Então vamos ao filme.
Tudo começa com o jovem Peter Quill, apenas um garotinho terráqueo, curtindo uma música dos anos 80 em seu walkman. Porém, ele está em um hospital e sua mãe está prestes a morrer. Ela entrega um último presente e diz que seu pai, aparentemente ausente, virá buscá-lo para cuidar dele. Só que o garoto é abduzido, e só vamos entender os motivos dele virar o "famoso fora-da-lei" Star-Lord no decorrer da trama.
Então o tempo avança vinte anos, e Peter Quill está andando em um planeta cheio de criaturas estranhas, e sua missão é recuperar uma Orbe, como vimos em diversos trailers. O diretor James Gunn fez questão de colocar muitas referências a filmes antigos, e aqui podemos notar a semelhança com "Indiana Jones". Preste atenção e tente reconhecer todas as referências, só vai aumentar o nível de entretenimento!
No começo muitas informações bombardeiam o espectador, mas todos os nomes de raças, planetas e tretas são explicadas durante o filme, dando tempo de entender tudo com muita calma. E apesar de ser um filme com muita ação, o tom geral é de muita descontração. Mesmo nos momentos tensos rolam piadinhas, e não me venha falar que isso quebra a estrutura por inutilizar o alívio cômico, porque o ritmo do filme se mantem muito bem.
A introdução de cada personagem não é forçada, e a formação do grupo dos "Guardiões da Galáxia" acontece de forma progressiva. Como todo grupo de heróis que se preza, os personagens se odeiam e querem matar um ao outro assim que se conhecem, então deixam as diferenças de lado para servir a um propósito maior, mesmo que esse propósito seja assassinar alguém ou ganhar muito dinheiro...
Todos os personagens são muito bem retratados por seus respectivos atores. Chris Pratt encarnando o humano levemente canalha Peter Quill/Star-lord. Zoe Saldana como Gamora, filha adotiva do supervilão Thanos, que é uma assassina bem eficiente, além de ser bonita mesmo tendo a pele verde. O lutador profissional Dave Bautista como Drax, um maníaco que entende tudo literalmente e quer brigar o tempo todo.
E a dupla improvável: o engenhoso e invocado guaxinim de trabuco Rocket, que teve sua voz emprestada de Bradley Cooper, e seu fiel parceiro Groot, a árvore ambulante que só fala o próprio nome, que tem Vin Diesel como dublador. Alías, os dois personagens são totalmente feitos em computação gráfica, e ficaram excelentes! Toda a movimentação e expressões são muito convincentes, e eles com certeza roubam a cena diversas vezes.
Os vilões não deixam nada a desejar também. Ronan, o Acusador, um kree mal encarado com um martelão, interpretado por Lee Pace e que cumpre muito bem seu papel. A sempre linda Karen Gillan, que interpreta Nebula, irmã adotiva e rival de Gamora. E a breve porém impressionate aparição de Josh Brolin como Thanos, que está ali apenas para nos dar um gostinho do que virá nos próximos filmes da Marvel.
Vale a pena mencionar também Michael Rooker no papel de Yondu Udonta, que serve como uma espécie de pai adotivo de Peter Quill, sempre aconselhando o seu “filho” e temendo por ele, e Benicio del Toro como Taneleer Tivan, o Colecionador. A cena de sua coleção possui diversas referências ao mundo Marvel, vale prestar atenção.
Já a Corporação Nova e o planeta Xandar decepcionam um pouco. A Corporação Nova serve como uma tropa de policiais intergalácticos que protege diversos mundos, e são representados principalmente pela figura do ator John C Reilly, mas só servem como apoio em poucos momentos. E como não podia deixar de ser, Stan Lee aparece sendo malandrão, mas é bem rápido, então é bom ficar de olho pra não perder.
Outro ponto que merece muito destaque é a trilha sonora. Desde o começo vemos Peter Quill com seu toca-fitas e músicas antigas que todo mundo gosta mas não ouve sempre, e são elas que nos acompanham nas diversas situações que o filme propôem. Você pode curtir todas as músicas no Spotify, ouve aí:
O filme é repleto de elementos estranhos e poderia ser uma porcaria, mas é muito bem realizado em todos os aspectos. Existem falhas, mas são todas aceitáveis. Assista e divirta-se!
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