Crítica do filme O Exterminador do Futuro: Gênesis

Filme obsoleto

por
Edelson Werlish

02 de Julho de 2015
Fonte da imagem: Divulgação/
Tema 🌞 🌚
Tempo 🕐 3 min

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Estamos na era dos reboots. Tudo o que você curtia e amava em sua infância está voltando ou irá voltar. O problema é quando volta ao estilo de O Exterminador do Futuro: Gênesis, o suposto quinto filme da velha franquia, iniciada em 1984 pelo célebre diretor James Cameron.

A questão aqui é, pelo fato de nosso herói Arnold Schwarzenegger não ter mais suas obrigações políticas com os amigos da Califórnia, nada mais justo do que trazê-lo para uma continuação do filme que consagrou sua carreira, independente se ele tiver quase 70 anos nas costas (e que costas, diga-se de passagem). Então vamos salvar o mundo do apocalipse nuclear e da rebelião das máquinas. De novo.

Por incrível que pareça, a “desculpa” inventada para trazer o grandalhão dos longas de ação dos anos 80 de volta à ativa é a parte mais legal e interessante de Gênesis. Fora isso, o filme erra rude, erra feio. 

Primeiro que a história, que busca recomeçar a saga com atores jovens e descolados estilo X-Men: Primeira Classe, não faz o menor sentido. Mexer com viagens no tempo já é uma missão complicada, e mesmo a franquia que tem em seu cerne as idas e vindas das areias do tempo, consegue fazer uma lambança que só, exibindo uma trama xula e fraca. Como exemplo, você poderia trocar o tio Arnold e colocar o Sylvester Stallone como Rocky Balboa ou o Van Damme como o último dragão branco no papel principal que não faria a menor diferença.

Tentando fazer uma homenagem aos dois primeiros longas e jogando no vaso as partes três e quatro, O Exterminador do Futuro: Gênesis acaba se tornando um grande cosplay do seu primogênito. Aquela adrenalina e suspense da parte um ou a forte Sarah Connor interpretada por Linda Hamilton em O Julgamento Final dá lugar a cenas de ação manjadas, alívios cómicos feitos por Schuásnega e coisas sem sentido e bizarras.

Para finalizar, a pior parte é ter visto os trailers de Gênesis. Sim, o marketing matou mais uma vez todo o mistério do conto; se você viu os vídeos promocionais já sabe tudo o que vai acontecer. É engraçado, mas ao final do filme eu mudei de lado e comecei a torcer pela Skynet, porque, se for para ter mais continuações desse nível, espero que os vilões matem todo mundo e tenham uma chance de ser feliz. Porque ninguém aguenta mais salvar o mundo deles de novo. E de novo. 

 

P.S.: Daí você descobre que J.K. Simmons (aka mister Whiplash/Chefe do Homem-aranha) está no filme e fica feliz. Daí você vê o papel que ele faz e a importância dele para a trama e fica triste de novo. 

Fonte das imagens: Divulgação/

O Exterminador do Futuro: Gênesis

Nova missão. Novo destino

Diretor: Alan Taylor
Duração: 126 min
Estreia: 2 / jul / 2015
Edelson Werlish

Andou na prancha, cuidado Godzilla vai te pegar!