Crítica Para Todos os Garotos que já Amei

Mesmo argumento de carinha nova

por
Lu Belin

19 de Agosto de 2018
Fonte da imagem: Divulgação/Netflix
Tema 🌞 🌚
Tempo 🕐 3 min

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O que você diria se pudesse falar com cada uma das pessoas que você amou até hoje? Lara Jean (Lana Condor) não espera o tempo passar para colocar pra fora o que está sentindo. Para isso, ela escreve cartas de amor, nas quais diz tudo o que pensa sobre cada menino do qual ela gosta. Ela apenas nunca as entrega aos destinatários.

O problema é que, desta vez, ela está realmente apaixonada pelo namorado da irmã Margot (Janel Parrish). Quando o relacionamento dos dois termina porque Margot vai para a faculdade, e Lara Jean fica sozinha em casa com a irmãzinha Kitty (Anna Cathcart) e o pai, Dr. Covey (John Corbett), as coisas tomam um caminho diferente do que se poderia esperar.

Todas as cartas que Lara Jean um dia escreveu vão parar no correio e entregues para os meninos a quem ela as escreveu. E é assim que começa a aventura pela qual a diretora Susan Johnson e a roteirista Sofia Alvarez nos conduzem na comédia romântica "Para Todos os Garotos que já Amei", da Netflix.

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Baseado no livro da autora Jenny Han, o filme traz a já exaustivamente explorada temática dos amores adolescentes no ensino médio, que sempre rende pano pra manga. Nesse caso, quando a carta cai nas mãos de Josh (Israel Broussard) o garoto de quem LJ gosta, ela entra em pânico e finge que na verdade está gostando de Peter (Noah Centineo), outro menino a receber a cartinha, mas que ela já havia superado. Como é conveniente para os dois, Peter e LJ fingem que estão namorando até que ela distraia a atenção de Josh.

Frescor no elenco, não no argumento

Barraca do Beijo, Um Plano Imperfeito, Alex Strangelove…São apenas alguns exemplos de comédias românticas lançadas neste ano. Não são poucos os lançamentos da Netflix quando se trata deste gênero. E não são poucos também os que se dedicam a retratar toda a intensidade dos sentimentos vividos pelos adolescentes.

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A questão é que é tanto romance que fica difícil se diferenciar na narrativa e no tipo de história que se quer contar. Nesse ponto, “Para Todos os Garotos que já Amei” não é exatamente o filme mais original de todos os tempos. Uma garota que se apaixona com facilidade, várias falhas de comunicação, informações que caem nas mãos erradas, cenários possível de bullying… o filme tem de tudo um pouco.

Duas coisas o diferenciam dos demais, no entanto. Primeiro, o longa-metragem consegue mudar a chave de algumas situações e apresentar certas soluções para questões que normalmente são simplesmente jogadas em produções do gênero. Sutilmente, ele mostra boas atitudes diante de rotinas de adolescentes como o bullying, por exemplo.

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A outra questão, e, possivelmente, a mais significativa, é a representatividade. Trazer para o centro da narrativa meninas coreanas é algo muito interessante e bastante raro dentro de filmes de mais projeção.

Em ambos os pontos, o filme faz tudo direitinho e sem escorregões, de forma que oferece uma historinha bonita e com boas atuações dos atores e atrizes, mesmo que sejam todos bastante desconhecidos. Uma boa opção se você estiver de bobeira curtir comedinhas românticas

Fonte das imagens: Divulgação/Netflix

Para Todos os Garotos que Já Amei

A tortura de uma paixão que simplesmente não passa

Diretor: Susan Johnson
Duração: 99 min
Estreia: 17 / ago / 2018
Lu Belin

Eu queria ser a Julianne Moore.