Crítica do filme The Last Naruto: O Filme
Estilo filler, romance no jutsu
Eu lembro do tempo em que Naruto me trazia alegria e diversão. Era aquela mesma sensação de quando assistia Dragon Ball na tv aberta. Mas aqueles tempos se foram há muito e hoje em dia eu apenas conservo, por meio dessa nostalgia, a vontade de assistir ou ler qualquer história referente ao universo shinobi.
Eu uso a comparação com o anime do Goku & Cia. apenas para mostrar o nível de apreciação que tenho pela obra máxima do mangaká Masashi Kishimoto. Naruto é uma história foda! Tem um construção primordial, grande trama, ação detalhada, construída com as melhores e maiores mitologias e artes marciais orientais; e, ainda assim, tem a comédia como ponto forte.
Em The Last Naruto: O Filme, como o próprio título diz, temos a última aventura do ninja de cabelo amarelo. O filme se passa dois anos após o termino oficial do mangá, no qual parecemos ter um mundo feliz e prospero pós quarta grande guerra ninja. Mas Naruto é um produto mundialmente conhecido e que dá dinheiro. Assim, nada melhor do que criar um epílogo em forma de longa metragem para fechar a grande saga com chave de ouro. Certo?
Infelizmente não. O último filme de Naruto e sua suposta missão final (antes de anunciarem outra continuação) é o décimo filme produzido e que também foi feito para comemorar o 15º aniversário da série, sendo o primeiro a fazer parte do enredo oficial da franquia. O problema criado dessa vez é uma ameaça inédita, o qual tem ligação direta com o grand finale do mangá, porém, em resumo direto, nada mais é do que um grande filler de romance.
Como dito anteriormente, a trama sengue dois anos após o fim do mangá. Agora, o mundo ninja, socialmente unido por seus países militares, precisam impedir que a Lua se choque com a Terra, em uma investida dos inéditos shinobis da Lua – um grupo de ninjas que sim, moram na lua, e são descendentes direto do irmão mais novo do lendário Rokkudou Sennin, ou também conhecido por essas bandas como Eremita dos Seis Caminhos – o criador de todos os jutsu.
Uma história que até não é digna de se jogar fora, mas a questão é como ela é trabalhada no longa. E não, ela não é a parte importante.
The Last Naruto: O Filme é o capítulo faltante do mangá que mostra a relação de amor entre Naruto e Hinata. Com aquela enxurrada de flashback que todos nós fãs já conhecemos do desenho, o longa conta em cerca de duas horas uma das várias partes que poderia ser aproveita por Kishimoto ainda na história central.
Ela corre sem grandes emoções nas batalhas e sem a participação de personagens importantes (leia-se Sasuke), naquele que poderia encerrar a caminhada de 15 anos do ninja arteiro de cabelo amarelo de forma mais digna.
O que resta para mim, e provavelmente para você, é reler e reassistir os primeiros capítulos da história e conservar aquela boa velha lembrança. Mas, se você já está com saudades e louco para ver aquele beijo épico entre os dois, o caminho do cinema é o caminho do shinobi! ;)
Confira o trailer deste filme dirigido por Tsuneo Kobayashi