Crítica do filme Um Santo Vizinho
Bill Murray é Bill Murray
Bill Murray é um daqueles caras que podem não arrastar multidões aos cinemas, mas que se mantém bem conceituado em meio aos fãs de cinema de modo geral. Ele está ficando velho e o estilo de seus personagens vão ganhando novas possibilidades, como é o caso em “Um Santo Vizinho”.
No filme, Murray interpreta Vincent, um velho rabugento e, à uma primeira olhada, trambiqueiro, aparentemente envolvido com coisas duvidosas e disposto a quase tudo para melhorar um pouco a sua situação. A vida de Vincent começa a mudar quando Maggie (Melissa McCarthy) e seu filho, Oliver (Jaeden Lieberher) se mudam para a casa ao lado. A má impressão do começo vai se desfazendo e desvelando uma relação marcante entre eles.
Nesse ponto, o roteiro de Theodore Melfi (“Amor Por Acaso”), que também dirige a película, começa a se tornar um tanto previsível, pois já é possível deduzir mais ou menos qual será o destino da trama. De qualquer maneira, entre o ponto de partida e o final há um recheio, e aí Melfi acerta, criando algumas surpresas e fazendo os fatos revelarem um caminho bem diferente do suposto inicialmente entre o começo e o fim de “Um Santo Vizinho”
Uma mãe divorciada começando uma nova vida ao lado do filho, um vizinho que, apesar de malandro, “é velho demais para ser ruim”, como repara o pequeno Oliver, e uma criança necessitando de uma figura paterna: esses três elementos já ajudam a deduzir como vão ser as coisas por aqui, mas isso também não é um problema.
“Um Santo Vizinho” não é a comédia mais inteligente que você já viu, mas nem por isso deixa de servir como um ótimo passatempo, capaz inclusive de arrancar algumas lágrimas dos espectadores mais emotivos. A evolução das coisas na película tem um quê de surpreendente e o filme no geral funciona. Sem dúvida, vale a pena conferir.
Confira o trailer deste filme dirigido por Theodore Melfi