Crítica Wolverine: Imortal
Talvez seria melhor morrer do que passar vergonha!
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O novo filme do Wolverine vem para contar um pouco mais sobre este idolatrado X-Men e adaptar para as telonas uma das mais aclamadas histórias do personagem. Os acontecimentos de “Wolverine: Imortal” se passam depois da bela salada de frutas que rolou em X-Men 3: O Confronto Final.
Basicamente, Logan está “jururu” da vida e resolve morar nas cavernas. Em suas noites de sonos perturbados, o personagem se recorda de uma situação em que salvou um homem de morrer na explosão da bomba atômica em Nagasaki — pois é, ele é imortal mesmo, o spoiler já tá no título do filme (e ele não morre no final).
Por coincidência, depois de vingar a morte de um urso querido, o herói se depara com uma japonesinha que faz um convite inusitado: voar até Tóquio para se despedir de um antigo amigo (o cara que ele salvou da bomba). Como ele tá de bobeira, e a história não precisa fazer sentido, topa ir para ficar um único dia e dizer adeus ao amigo que ele viu uma única vez.
Daqui para frente, a coisa só desanda. O amigo japonês sugere que ele doe sua imortalidade (o que é uma coisa bem fácil) e que morra em paz. Não faz o mínimo sentido, eu sei, mas foi a melhor ideia que os roteiristas tiveram. Ele não topa, mas resolve bancar o herói e fica vivendo altas aventuras nas terras orientais.
Bom, eu poderia continuar fazendo você rir com essa história engraçada, mas é até triste ver o que eles fizeram com o Wolverine. Basicamente, o filme é uma série de fatos desconexos do começo ao fim, com um punhado de clichês inseridos, alguns personagens sem qualquer propósito e umas lutas tão boas quanto as dos Power Rangers.
Você pode estar pensando que estou exagerando, mas vamos recapitular algumas coisas. A primeira coisa que vale lembrar é que ninguém estava esperando nada grandioso, visto a decepção que foi o primeiro filme. Portanto, não era pedir muito que este filme ficasse mais ou menos.
A responsabilidade do filme não era tão grande, afinal, pior do que o anterior não pode ficar, certo? Errado! Pode ficar e ficou! Há sentido na existência de “X-Men Origens: Wolverine”, pois ele conta como o personagem surgiu. O segundo, no entanto, é totalmente dispensável e é mais uma prova de que a combinação Fox/Marvel é bem difícil.
Bom, nosso querido Hugh Jackman até se esforça, mas um Wolverine sozinho não faz verão. Toda a grandeza do vilão é jogada no lixo com uma luta que dura alguns segundos. A Viper é bonita, mas é mais descartável do que tudo que já comentei. Enfim, “Wolverine: Imortal” poderia ser muito melhor com duas simples ações:
1. Manter o visual “mendigo” de Logan e
2. Mudar o roteiro completamente.
Não foi dessa vez que tivemos um bom filme com este ícone das HQs!
O que é imortal não morre no final...