Um entregador se mete em uma confusão e acaba fazendo uma entrega no lugar errado. O grande problema era o que o pacote continha: quilos de cocaína. Quando os homens que recebem o pacote por engano descobrem o conteúdo, começam a lucrar com a venda da droga. Mas o traficante que deveria receber o pacote fará de tudo para recuperá-lo.
Nesta sátira política sombria e absurda, um pregador afro-americano empobrecido um tanto maluco e ingênuo, que junto com sua família preocupada e um pequeno grupo de seguidores deseja trazer esperança aos projetos de Miami, pregando sobre sua própria versão de Deus baseada na teologia da libertação e o nacionalismo africano é forçado por um personagem nefasto a concordar com um negócio de armas para salvar sua família do despejo e, possivelmente, começar sua revolução de verdade. O que o pregador não percebe é que ele se tornou o alvo de uma operação de bandeira falsa complexa do FBI para primeiro transformá-lo em um terrorista e depois prendê-lo e marcar pontos na guerra contra o terrorismo dos EUA. Porém, o que o FBI não percebe é que, embora seja um revolucionário vocal, o pregador também acredita firmemente no pacifismo, um cidadão leal e um personagem muito imprevisível.
Não é novidade alguma que o Brasil está uma verdadeira bagunça nos últimos anos, principalmente em questão política. Isso claramente se reflete em extremismos tanto por parte do povo quanto por parte dos candidatos e representantes governamentais. Momentos extremos são bem complicados, o que naturalmente gera estudos, pesquisas e reflexões das mais variadas formas.
Uma das mídias mais recorrentes para ampliação do debate são os longa-metragens, principalmente os documentários que têm o poder do audiovisual apoiado em documentos reais e até mesmo conteúdos midiáticos de outras plataformas. Assim, com base nesse cenário do Brasil atual, na sexta-feira, 4 de setembro, acontecerá o lançamento virtual do documentário Pulsão.
Dirigido por Di Florentino e com pesquisa e roteiro de Sabrina Demozzi, o documentário faz um mergulho no uso crescente das redes sociais para ativismo político, e a influência que estas mídias tiveram nos grandes acontecimentos políticos dos últimos anos, começando nas manifestações de 2013, passando pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff e culminando na eleição de Jair Bolsonaro.
Veja o trailer do documentário Pulsão:
Em produção desde 2016, o Pulsão passou por diversas transformações. A ideia inicial era que o filme fosse um simples registro do Circo da Democracia, evento que reuniu em Curitiba diversas figuras políticas e acadêmicas para debater a conjuntura política da época. De lá para cá, muita coisa mudou, e o Pulsão também: “como o material é muito importante historicamente, a gente queria transformá-lo em um longa-documental”, contou o diretor de Di Florentino.
“Em conversas com os envolvidos na concepção da obra e uma vontade de tratar de temas que estavam aflorando na época, como é o caso dos efeitos da desinformação nas redes sociais e do uso dos algoritmos para disseminar o ódio, surgiu o Pulsão”.
Realizado sob o selo da Trópico, produtora audiovisual fundada por Florentino, Pulsão não foi o primeiro trabalho do diretor a examinar a esfera política brasileira. A Trópico produziu uma websérie documental chamada #manifesto - política de pessoa para pessoa, que acompanhou as manifestações contra e a favor da saída de Dilma Rousseff da presidência da República.
Outros projetos realizados foram o #nosmanteremosfirmes, curta-metragem sobre a Primavera Secundarista com a participação da atriz Letícia Sabatella, e o documentário Acima da Lei, premiado no Olhar de Cinema e que tratou do primeiro encontro entre o ex-presidente Lula com o então juiz da Lava-Jato, Sérgio Moro.
Por conta da pandemia de Covid-19, Pulsão terá seu lançamento online no dia 4 de setembro, às 19h. O filme ficará disponível gratuitamente por tempo indeterminado. É possível se inscrever no site do filme para ser informado do lançamento.