J.J. Abrams - Café com Filme

Paramount e Bad Robot anunciam Star Trek 14 — e Chris Hemsworth está de volta!

Atenção membros da Frota Estelar de todos os cantos da galáxia. É hora de declarar, mais uma vez, vida longa e próspera para a franquia Jornada nas Estrelas — também conhecida como Star Trek — , pois a Paramount Pictures, Skydance e Bad Robot anunciaram hoje que a tripulação do U.S.S. Enterprise vai voltar às telas de cinema para uma nova viagem, no 14º filme da série.

No próximo filme da saga (que ainda não tem título oficial), o Capitão Kirk (Chris Pine) vai encontrar com o seu pai, George Kirk, um homem que ele nunca conheceu, mas que o legado o assombrou durante toda a sua vida. Chris Hemsworth, que apareceu no filme “Star Trek” de 2009, vai protagonizar novamente o longa-metragem com Pine.

Também está previsto o retorno do restante do elenco, mas ainda não foi revelado como a produtora vai proceder depois do triste ocorrido com o ator Anton Yelchin. O roteiro do novo filme será de J.D. Payne e Patrick McKay. J.J. Abrams e Lindsey Weber serão os produtores, via Bad Robot. David Ellison e Dana Goldberg assinam a produção executiva do longa.

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“Star Trek”, o primeiro filme da franquia baseado no “Star Trek” criado por Gene Roddenberry, arrecadou mais de 380 milhões de dólares no mundo, em 2009. O segundo filme, "Além da Escuridão - Star Trek", que estreou em maio de 2013, arrecadou mais 460 milhões de dólares. O terceiro filme, “Star Trek: Sem Fronteiras”, estreia dia 1º de setembro no Brasil, com direção de Justin Lin (“Velozes e Furiosos”).

Atualmente, Chris Hemsworth está nos cinemas em “As Caça-Fantasmas”, com Melissa McCarthy, Kristin Wiig e Kate McKinnon; e está filmando “Thor: Ragnarok” e “Avengers: Infinity War - Part 1”.

Crítica do filme Rua Cloverfield, 10 | Tensão ao enfrentar o desconhecido

Há alguns anos, a Paramount lançou um filme curioso chamado “Cloverfield: Monstro”, uma obra de ficção de baixo orçamento que pretendia inovar no gênero found-footage (aquelas filmagens amadoras em primeira pessoa com câmera tremida e ceninhas de susto).

Agora, a produtora aparece com um filme que supostamente se encaixa no mesmo universo, mas que não necessariamente é uma continuação ou um projeto que tem ligação direta com o primeiro longa-metragem.

Enquanto o primeiro deixava claro que teríamos ali um filme sobre um monstro, muitas cenas de ficção e alguns sustos, o segundo filme não se apresenta ao público como uma obra de ficção. Na trama de “Rua Cloverfield, 10”, acompanhamos a história de uma jovem (Mary Elizabeth Winstead) que, após um acidente de carro, acorda em um esconderijo subterrâneo.

Neste local assustador, sem ter muita recordação do que aconteceu, ela se depara com um homem (John Goodman) que alega ter salvo sua vida. Não bastasse o acidente e toda a desconfiança, este estranho ainda a informa que não será possível sair do local por um bom tempo, devido a um ataque químico que deixou o exterior em condições inapropriadas para vida.

E se for verdade?

“Rua Cloverfield, 10” é um filme asfixiante, que deixa a plateia apreensiva e cheia de dúvidas quanto a toda situação. A trama é repleta de tensão, num jogo em que o raciocínio do espectador é colocado em cheque conforme novas evidências são colocadas na mesa.

E se o que este homem estiver falando for verdade? Seria ele um homem perigoso? Por que não é possível entrar em contato com a polícia ou pedir ajuda? São tantas dúvidas, tantas possibilidades. O filme se apoia justamente nesses pequenos detalhes para dar continuidade aos primeiros fatos e aumentar o suspense.

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Essa montanha-russa no roteiro com altos e baixos é justamente o ponto forte do filme. Num momento, você está confortável, sabendo que a protagonista está bem e tudo ali parece verdade. Nas próximas cenas, a coisa muda de figura quando algumas suposições dão uma virada na história. 

Não convém entrar em detalhes sobre a história – afinal, é importante você mesmo conferir o filme na telona e descobrir o desenrolar deste caso curioso –, mas é válido constatar que temos aqui uma obra que acerta tanto na elaboração quanto na execução.

Suspense esquematizado

O cenário escolhido para esta trama acaba favorecendo na hora de causar uma sensação de pânico, já que estamos num local fechado, claustrofóbico e com dois estranhos que podem estar escondendo muita coisa por debaixo dos panos. A montagem das cenas acaba contribuindo também para o desenrolar dos fatos. Muitas cenas com zoom, foco nos detalhes e uma movimentação limitada são diferenciais importantes que funcionam legal.

“Rua Cloverfield, 10” abandona o estilo de abordagem em primeira pessoa (ainda bem), mas continua contando os fatos de perto para dar uma sensação de receio e pavor constante. Os personagens reservam muitos mistérios e o que está lá fora é algo que deixa o público ainda mais curioso. A trilha sonora e a mixagem de som são aspectos de destaque, pois contribuem na hora de dar alguns sustos.

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As atuações de Winstead, Goodman e Gallagher também são importantes na hora de contar a história. Os atores se esforçam e se encaixam bem nos papéis, culminando em debates tensos que agregam muito para a proposta do longa-metragem.

Enfim, apesar de não ser uma continuação do filme do monstro, “Rua Cloverfield, 10” consegue chamar a atenção em vários aspectos. É uma obra simples, de baixo orçamento, com roteiro linear e personagens convencionais, mas as surpresas guardadas a sete chaves e o desenrolar da trama surpreendem. Uma boa pedida para o cineminha de fim de semana!

Crítica do filme Star Wars: O Despertar da Força | Bem-vinda nova geração

Apagam-se as luzes. Logo da Lucas Film brilha na tela. Em poucos segundos lá vem o esperado título: Star Wars, pan panpanpan, seguido por Episódio VII – O Despertar da Força. A sala de cinema vibra e não tem como segurar a emoção. Desde aquela tarde de outubro, em 2012, na qual a Disney anunciou a compra da companhia de George Lucas – progenitor e diretor de vários filmes da franquia –, foram três anos de espera e expectativas para rever nas telonas a continuação direta de O Retorno de Jedi, lançado há mais de 30 anos. Era o recomeço da saga que revolucionou não apenas a sétima arte, com seu ‘estranho’ roteiro de ópera espacial e efeitos especiais inovadores, mas também toda a cultura popular de uma geração. Se em três décadas muita coisa mudou, Star Wars também teria que se reinventar e se adaptar a esse novo mundo. À medida que os créditos iniciais vão rolando pelo espaço ao som da música-tema da obra, todas as palavras da tela e murmúrios dos coadjuvantes da sessão de cinema se resumem em um uníssono “Bem-vindo nova geração”.

Tudo igual, só que diferente

A missão de O Despertar da Força é bem grande. Dar seguimento do consagrado mundo de Star Wars no cinema e, ao mesmo tempo, apresentar um novo filme para novos fãs. O diretor J.J. Abrams, nerd-mor que já havia revitalizado Star Trek para as telonas, foi o escolhido para assumir esse cargo, e, junto com a presidente da Lucas Film, Kathleen Kennedy, puxaram as rédeas para criar esse novo capítulo, que é igual ao primeiro longa de 77, Uma Nova Esperança, mas diferente.

É igual na sua essencial. J.J. Abrams traz de volta o espírito consagrado do primeiro filme para uma visão atual. O Monomito, ou Jornada do Herói, conceito abordado pelo escritor norte-americano Joseph Campbell que estabelece os parâmetros para o caminho trilhado pelo protagonista, é o grande idealizador. Abrams se utiliza da boa e velha fórmula para fazer um remake do Episódio IV e ao mesmo tempo um reboot, introduzindo novos personagens e criando pilares que irão sustentar toda uma nova trilogia. Um tiro certeiro. O Despertar da Força conversa com o novo público e respeita todos os velhos e saudosos fãs da saga.    

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Para os novatos, grandes personagens e uma história única em toda a galáxia. O quarteto de atores principais escolhidos, Daisy Ridley, John Boyega, Oscar Isaac e Adam Driver assumem seus papéis dentro do universo com maestria, longe de serem tímidos ou introspectivos. Algumas passagens carecem de uma carga mais qualitativa de interpretação, mas a atuação do atores se confundem com as histórias de suas próprias personagem, dando margem para a compreensão e entendimento da jornada que cada um irá seguir nesta nova trilogia.

Para os old school, a alegria é ainda maior. A cada personagem clássico que vai aparecendo, citação aos filmes anteriores ou piadas sobre as situações momentâneas vão arrancando suspiros diferentes. Harrison Ford, Carrie Fisher, Peter Mayhew e Anthony Daniels, que interpretam respectivamente Han Solo, Leia Organa, Chewbacca e C-3PO, estão presentes no longa como nunca, e em ótima forma. Não são apenas um ‘fã service’. Todos eles tem seu papel de destaque na história e são responsáveis, dentro do filme, para contar as histórias do passado e preparar os jovem para as guerras que estão por vir.

Destaque especial para o droid bola de cor laranja e branca: BB-8. Um dos pontos fortes da saga sempre foi ter personagens de apoio muito bem desenvolvidos e importantes. Um dos maiores acertos de O Despertar da Força é esse robozinho malandro, que resgata o carisma de R2-D2 e extrapola nas traquinagens, tirando boas risadas dos telespectadores. A comédia, que sempre caminhou junto com todos os longas da sextalogia, volta com ‘força’.

A caranga mais rápida das galáxias, Millennium Falcon, é outro elemento chave. Tão importante para a trama é sua importância para o próprio fã. A lendária nave (que fez a Corrida Kessel em menos de doze parsecs), voa, gira, atira e entra em hyper velocidade com nunca visto, e com incríveis efeitos digitais e práticos balanceados. Isso é o que ela, Star Wars e os fãs sempre mereceram.

O lado negro do filme

Hora de desligar um pouco a empolgação e falar dos pontos negativos do Episódio VII. Se por um lado O Despertar da Força traz Star Wars de volta às origens, por outro ele se acomoda no sucesso de seus antecessores, não se permitindo maiores inovações. Falta ousadia no comando de J.J. Abrams para criar uma obra prima máxima. A aproximação de roteiro com Uma Nova Esperança é muito explícita, o que torna o 3º ato do filme pouco impactante, fazendo o final do longa mais dependente da descobertas de mistérios e espera por cliffhangers. Porém, é um fator remediável quando você percebe que esse filme é apenas o começo de uma nova trilogia. Trilogia que tem potencial para se tornar uma grande obra prima.

Outra questão que rende pouco é a participação de alguns personagens. A Capitã Phasma, stormtrooper prateado interpretado pela ‘grande’ Gwendoline Christie (Brienne de Game of Thrones), causou muito nos trailers, mas faz pouco no produto final. A vencedora do Oscar, Lupita Nyong’o, fazendo papel de Maz Kanata por captura de movimentos, é simpática e carismática, digna de importância maior na história, mas rende-se a um desdobramento de roteiro e desaparece. Seja por uma opção de dar destaque maior aos veteranos da série, esses são exemplos de personagens que merecem futuramente uma melhor atenção.

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A Força despertou... mas o mistério continua

Star Wars: O Despertar da Força foi anunciado como sendo o primeiro de uma série de filmes que a Disney fará dentro desse universo. Ao longo dos últimos três anos, foram poucos detalhes soltos pelo estúdio, que investiu em um marketing de divulgação evasivo. Focou no segredos e nas perguntas para vender próximo grande peixe, ao invés de liberar respostas e passagens comprometedoras do filme. E o hype cresceu proporcionalmente à força. As expectativas e venda de ingressos explodiram.

Se o mistério marcou toda a jornada pré-filme, o filme em si não é diferente. Se você acompanhou os três trailers divulgados até então, sabe que milhares de dúvidas pairam pelo ar. Não se preocupe, Star Wars VII vai te responder várias delas, e criar várias outras também. Das diversas teorias discutidas nos últimos tempos pela internet, é engraçado ver que a maioria estava errada, e a história acaba sendo mais simples do que se pensava. Teorias que chegavam ao ponto de dizer que Jar Jar Binks era o mestre Sith por trás de tudo. Risos.

Este é o único spoiler que essa resenha terá: Não, Jar Jar Binks não o mestre Sith e ele não está nesse filme. Pelo contrário, um novo vilão é apresentado e uma nova ameaçada revelada. Deixamos os Sith para trás. Quem dá as caras agora é a Primeira Ordem, grupo que comanda os remanescentes do Império e Stormtroopers. Pouco se sabe sobre essa facção, além deles terem conhecimento do lado sombrio da força e seu objetivo de acabar com a república. Novamente mais perguntas do que respostas, o que só aumenta as expectativas para o Episódio VIII.

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E o velho Luke Skywalker, onde entra nessa balbúrdia toda? O herói se tornou uma lenda nos dias atuais e é o ponto central da trama. O último Jedi vivo é a personificação do mistério em si, aquele ponto de convergência da força que alguns querem achá-lo; outros, destruírem.

O importante é ver essa força retornando. A força das origens e do recomeço. Star Wars: O Despertar da Força é o melhor filme da franquia? Não. Mas essa não é a proposta. Está diretamente comparável com o lançamento do primeiro filme em 1977. Cria as bases para um nova trilogia e respeita os fãs antigos, criando uma espera maior pelo que vem pela frente. Estamos prontos para o ver “O Império Contra-Ataca” dessa geração.

Que a força esteja conosco!

Crítica do filme Cidades de Papel | Enredo envolvente, ótimo senso de humor

O público brasileiro se tornou relevante aos escritores best-sellers da Europa e dos Estados Unidos. A boa receptividade dos nossos leitores, principalmente adolescentes, é valorizada por meio de gestos cada vez mais frequentes. Por causa disso, começo chamando a atenção para a passagem de John Green pelo Brasil na semana passada e o fato da estreia de Cidades de Papel acontecer hoje em nosso país, enquanto que nos Estados Unidos ela está marcada apenas para daqui duas semanas.

Com um evento de grande porte que aconteceu quarta-feira passada no Rio de Janeiro, é claro que toda a mídia se movimentou e até o Fantástico dedicou longos minutos dominicais agraciando fãs com uma entrevista meia-boca. Mas se dependesse de toda essa desgastante repercussão, eu teria perdido facilmente a oportunidade de conhecer a experiência surpreendente de uma ótima adaptação.

Enquanto se costuma dizer que o filme jamais alcança a qualidade daquilo que está escrito, Cidades de Papel conta com algumas modificações para o cinema que tornam a obra mais envolvente. E isso não sou só em quem está dizendo: o próprio John Green se diz satisfeito em suas diversas entrevistas, com orgulho do resultado final e sem aquela arrogância que caracteriza gigantes como Alan Moore e Stephen King historicamente.

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O personagem principal da história é Quentin Jacobsen (Nat Wolff), que quando era criança viu Margo Roth Spiegelman (Cara Delevingne) se mudar para o bairro onde morava. Eles cresceram brincando juntos, alimentando grande sentimento no rapaz até que a adolescência chegou e a garota se tornou cada vez mais distante dele.

Quentin tem o perfil pouco descolado, o que explica esse afastamento de sua vizinha que optou por cultivar amizades com grande notoriedade perante os demais colegiais. Entretanto, ele é caracterizado com menos insegurança em comparação com a descrição que consta no livro. Além disso, o que deixa o enredo muito divertido é a relação que mantém com seus dois melhores amigos: Ben (Austin Abrams) e Radar (Justice Smith), ambos responsáveis por diálogos engraçados e piadas constantes.

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Ao descobrir que seu namorado está saindo com outra garota, Margo invade o quarto de Quentin durante a madrugada e o convida para participar de seu plano de vingança. Com o misto de amizade de amor platônico que ele sente, a cumplicidade se estabelece imediatamente mesmo após tantos anos sendo solenemente ignorado pela vizinha. A vingança dura até o amanhecer, tocando o terror por meio de criativas traquinagens na vida de quem a fez sofrer e causando bastante constrangimento no dia seguinte.

Margo opta por não acompanhar os resultados de seu plano perfeito e desaparece sem deixar vestígios. Exceto pelas pistas que parecem propositalmente direcionadas a Quentin, que obviamente vai atrás sem que seus amigos o deixem sozinho. Sua paixão é a motivação que o impulsiona até o local onde ela decidiu viver, mas sem que a trama se converta num daqueles episódios piegas de Malhação e sem que o desfecho seja um clichê final feliz.

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O que mais gostei nesse filme foi o ritmo: ele tem uma história leve e que se desenvolve de modo envolvente. Sem dúvidas o senso de humor é fundamental para falar de amor na adolescência, evitando que o clima fique desnecessariamente meloso.

Aliás, a questão do humor é uma ótima lição para todos nós: as piadas que envolvem questões raciais são muito engraçadas, mas nenhuma delas recorre ao racismo para conquistar o riso. É um jeito bem inteligente e contemporâneo de tratar de idiotices como a bandeira dos estados confederados, que recentemente reacendeu o polêmico debate entre os estadunidenses.

Cidades de Papel | Novo trailer legendado e sinopse

Baseado no best-seller de John Green, Cidades de Papel é uma história sobre amadurecimento, centrada em Quentin e em sua enigmática vizinha, Margo, que gostava tanto de mistérios, que acabou se tornando um. Depois de levá-lo a uma noite de aventuras pela cidade, Margo desaparece, deixando para trás pistas para Quentin decifrar. A busca coloca Quentin e seus amigos em uma jornada eletrizante. Para encontrá-la, Quentin deve entender o verdadeiro significado de amizade – e de amor.

Especial Leonard Nimoy | Um pouco sobre a vida longa e próspera do eterno Spock

Para a tristeza de muitos fãs de Jornada nas Estrelas e dos amantes dos filmes de ficção científica, o lendário ator Leonard Nimoy faleceu ontem (27/02/2015) devido a problemas pulmonares, algo que se deu em decorrência do vício no cigarro.

O ator que inspirou gerações com seu personagem Spock deixa um legado impressionante como ator, diretor, produtor e também roteirista. Nascido em 26 de março de 1931, em Boston, Massachusetts, este astro que percorreu as galáxias viveu uma vida longa e próspera e certamente serviu de inspiração para muitos que cresceram vendo suas lições.

Sobre os últimos anos de Nimoy, só para constar, ele até parou de fumar já fazia muitos anos, mas as consequências permaneceram, o que culminou nesta lamentável situação. O ator chegou até a twittar sobre seu vício, recomendando que as pessoas não fumem, confirmando que fumou, mas que gostaria de nunca ter feito isso.

Bom, deixando de lado essa história triste, estamos aqui para nos lembrar das coisas boas que fizeram o ator chegar ao auge do sucesso e se tornar uma verdadeira lenda. Ele não foi a maior das estrelas, não foi o ator mais expressivo de todos os tempos, mas certamente demonstrou carinho a sua profissão e aos fãs — algo que o coloca em um patamar inalcançável.

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Sua atuação como Sr. Spock em Jornada nas Estrelas marcou época e repercutiu ao longo das décadas seguintes. A lógica imponente do personagem era implacável, algo que garantiu inclusive o sucesso da série. Aliás, é bom frisar que ele foi o único personagem a aparecer em todos os episódios da série clássica.

Depois de sua longa participação na série Jornada nas Estrelas, a carreria de Nimoy consistiu basicamente de dublagens — em jogos e filmes relacionados a ficção científica — e participações esporádicas em outros longas e séries como o próprio Spock — exceto na série Fringe, em que ele era o Dr. William Bell.

Vale menção especial a sua aparição em Star Trek, do diretor J. J. Abrams, onde ele se apresenta como Spock Prime, um vulcano em uma realidade alternativa que ajuda o novo Spock (Zachary Quinto) em uma aventura inusitada. E, por sinal, sua última aparição na telona foi em Além da Escuridão - Star Trek, no mesmo papel. Abaixo, um dos últimos trabalhos do ator em um comercial para a Volkswagen.

Não se contentando em apenas atuar, Nimoy arriscou assumir a direção de alguns filmes, incluindo Jornada nas Estrelas: À Procura de Spock e Jornada nas Estrelas: A Volta para Casa. O último longa-metragem que ele comandou foi Holy Matrimony com Patricia Arquette e Joseph Gordon-Levitt no elenco.

Sentiremos muita falta de Leonard Nimoy, mas temos quase certeza de que ele está em outra dimensão, junto a sua equipe na USS Enterprise, indo onde nenhum homem jamais esteve. E, claro, bem como ele disse em sua última postagem no Twitter:

A vida é como um jardim, em que se pode ter momentos perfeitos, mas eles não podem ser preservados, exceto em nossa memória.

Nimoy foi uma inspiração a muitos e deixará saudades. Que ele descanse em paz.

Vida longa e próspera a todos os fãs!