"Scooby! O Filme" não vai ao cinema e chega direto no streaming por até R$ 69,90

Era só uma questão de tempo até vermos as produtoras e distribuidoras mudarem a estratégia de lançamento de seus filmes que, antes da pandemia do coronavírus, estavam programados para chegar aos cinemas.

Por ora, nem todas aderiram a estratégia, mas, esta semana, a Warner optou por lançar "Scooby! O Filme" nas plataformas de streaming — só não ficou claro se esta é uma exceção ou se deve ser uma moda daqui para frente com os demais títulos que estão aguardando a volta dos cinemas.

Agora, o que fica claro é que a Warner (e não é de se duvidar de outras gigantes do segmento) não pretende diminuir seus lucros, mesmo em épocas complicadas. Ao menos é o que se pode ver pelo valor de aluguel e compra de "Scooby! O Filme". A animação que conta a história de origem do Scooby Doo tem preço fixado em R$ 49,90 para locação e R$ 69,90 para comprao valor é o mesmo na iTunes Store e na Google Play Filmes.

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As reclamações já estão aparecendo nos comentários da Google Play e também no Twitter, sendo referentes quanto ao valor cobrado para ambas as modalidades de disponibilidade do filme. As alegações dos consumidores são de que os valores são muito superiores aos que as pessoas pagariam pela entrada convencional nos cinemas, ainda mais considerando que muitas pessoas pagam meia entrada.

Contudo, a estratégia da Warner parece ser para contornar os prejuízos decorrentes de que um único aluguel em casa pode garantir que diversas pessoas assistam ao filme — enquanto nos cinemas, o valor de múltiplas entradas provavelmente poderia superar esse valor. Já o valor de compra garante acesso vitalício para o consumidor, então seria como poder ver a animação no cinema numa semana e rever alguns dias depois.

Veja o trailer dublado de "Scooby! O Filme":

É claro que o valor vai totalmente na contramão de ofertas de streaming, que via de regra varia de R$ 14,90 a quase 20 reais para lançamentos — mas considerando filmes que estrearam previamente nos cinemas. De qualquer forma, algumas pessoas estão adquirindo suas cópias de "Scooby! O Filme" e comentando que preferem a compra, pois há um gasto extra que garante os reprises infinitos.

O que você achou desses valores? Será que essa moda pega?

#JuntosPeloCinema | Campanha une setor cinematográfico na quarentena [vídeo]

A quarentena de nível nacional, em decorrência da pandemia do coronavírus, tem sido muito complicada para diversos setores. Isso é ainda mais perceptível para o ramo cinematográfico, que está praticamente parado nos últimos quatro meses e o pior: não se vê a possibilidade de retorno à normalidade num futuro próximo.

A indústria do cinema, como um tudo, vem sofrendo muito o impacto dessa situação, mas o cenário também é complicado para nós  — cinéfilos — que adoramos a experiência completa e sentimos tanta falta dos cinemas, não é mesmo? E como fazer para amenizar essa situação?

A boa notícia é que há esperança! Pela primeira vez no mercado brasileiro, profissionais das diversas áreas do setor cinematográfico (exibidores, distribuidores, produtores, criativos e parceiros da indústria) e das mais variadas empresas estão envolvidos em um projeto com o intuito de preparar e implementar a retomada do cinema no Brasil, num movimento chamado #JuntosPeloCinema.

Como funciona o #JuntosPeloCinema?

Para começar, temos uma campanha de comunicação que vem para fortalecer o vínculo entre o cinema e o público. Nesta primeira fase da campanha – ainda com as salas sem atividades de exibição -, mais de 300 veículos de mídia (incluindo o Café com Filme) abrem espaço em suas programações para divulgar o vídeo que reforça os laços do público com o cinema:

Depois, numa segunda fase, um pouco antes da data de reabertura das salas (que será determinada pelas autoridades), haverá a comunicação sobre novos procedimentos que acompanham toda a jornada do espectador dentro do cinema. Os exibidores terão materiais que explicam os protocolos elaborados pelos governos locais — os quais variam de cidade para cidade ou de estado para estado.

Além disso, na terceira fase, o movimento #JuntosPeloCinema prepara o Festival De Volta Para O Cinema, que dará as boas-vindas para o público quando as salas reabrirem. Baseados numa pesquisa de opinião, os idealizadores chegaram a conclusão de que o público tem interesse em rever filmes clássicos, bem como sucessos de bilheteria e crítica. Assim, esses títulos integrarão com as estreias a programação de filmes nas duas primeiras semanas após a abertura.

Cinema Virtual: distribuidoras lançam filmes inéditos em streaming na quarentena

Que saudades de um cineminha, hein?! Mas, o cinema como conhecíamos não é mais um programa possível no atual momento da quarentena estabelecida em inúmeras cidades pelo Brasil em decorrência da pandemia do coronavírus! É claro que os consumidores sentem faltam dessa experiência, ainda mais dos lançamentos que aconteciam todas as semanas, mas como resolver uma situação tão complicada?

Para tentar driblar essa situação, alguns exibidores se uniram para lançar uma plataforma que propicie ao menos o fator novidade semanalmente. A partir de 28 de maio, o site Cinema Virtual começa a receber novos filmes todas as quintas-feiras, de modo que o espectador pode curtir um título exclusivo sem sair de casa e ainda pode escolher sua rede exibidora de preferência, que receberá parte da renda de cada sessão.

Vale notar que, apesar de receber novos filmes toda semana, o Cinema Virtual manterá disponível os títulos mais desejados da semana anterior, escolhidos pelo público. Segundo informação oficial, a plataforma receberá, a cada semana, entre 10 e 15 títulos, todos inéditos no cinema e em plataformas de streaming

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Neste dia 28 de maio, o projeto tem a estreia dos seguintes longa-metragens:

Para assistir, você precisa acessar www.cinemavirtual.com.br, escolher o filme, selecionar estado, cidade e rede exibidora de preferência. O ticket só poderá ser comprado depois dessa etapa, garantindo, assim, que todos os exibidores serão remunerados. Cada sessão custa R$ 24,90 e vale por 72 horas. Alguns filmes poderão ter preços promocionais, como o filme “Os Olhos de Cabul”, que estará na plataforma com o valor de R$ 19,90.

Os filmes podem ser assistidos em até três plataformas diferentes, entre celular, Smart TV, computador, tablet. O filme ficará em cartaz por até 15 dias e, depois, terá que cumprir uma janela de até 90 dias para ser oferecido em plataformas digitais.  Participam do projeto, até o momento, os exibidores: PlayArte, Cine Arte Pajuçara, Cine 14 Bis, Paradigma Cine Arte, Cineramabc, Kine Vitória, Cine Company, Cine Topázio Indaiatuba, Mobi Cine.

Fala aí, legal a ideia, né? Então, fique ligado que muitos outros filmes devem aparecer na plataforma nas próximas semanas e com certeza vai ter opções para todos os gostos.

Warner adia Mulher-Maravilha 1984 para 13 de agosto nos cinemas do Brasil

Mesmo com uma janela considerável até a estreia de “Mulher-Maravilha 1984” (que chegaria às telonas dia 4 de junho), em meio a pandemia do Coronavírus, a Warner Bros. Pictures optou por adiar a estreia do filme que traz Gal Gadot de volta ao papel da Diana de Themyscira.

A informação foi divulgada por Patty Jenkins, diretora do longa-metragem, que soltou um comunicado em sua conta no Twitter, sendo que a mensagem foi reforçada pela Gal Gadot que liberou o cartaz animado em sua conta no Twitter e também no Instagram.

Obviamente, as celebridades revelaram a data de estreia para os Estados Unidos (que recebe o filme no dia 14 de agosto), mas a Warner Bros. Pictures do Brasil soltou a informação oficial de que Mulher-Maravilha 1984 chega de fato no dia 13 de agosto aos cinemas do Brasil. Confira o novo cartaz oficial de Mulher-Maravilha 1984 já com a data oficial de estreia no Brasil:

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Aparentemente, a Warner optou por se antecipar tanto por conta das quarentenas instauradas em quase todos os países (o que pode levar ainda mais alguns meses) quanto para evitar o conflito de datas com outros filmes, que tiveram suas estreias suspensas temporariamente e devem estrear após o controle da situação do Covid-19.

E se você ainda nem sabia do filme, vale um resumo! Avançando para a década de 1980, a próxima aventura da Mulher-Maravilha nos cinemas a coloca frente a dois novos inimigos: Max Lord e Mulher-Leopardo. Com a diretora Patty Jenkins de volta ao comando e Gal Gadot no papel-título, Mulher-Maravilha 1984 é a sequência da estreia da super-heroína da DC como protagonista nas telas de cinema com o filme "Mulher-Maravilha", que em 2017 quebrou recordes e arrecadou US$ 822 milhões nas bilheterias mundiais.

Filmes do Caso Richthofen, Paramount, Universal e Disney são adiados por causa do Coronavírus

Já temos a primeira vítima do novo Coronavírus (Covid-19) no cinema nacional. A Galeria Distribuidora e Santa Rita Filmes, empresas responsáveis pelas adaptações cinematográficas do Caso Richthofen — A Menina que Matou os Pais e O Menino que Matou Meus Pais — emitiram uma nota anunciando o adiamento do lançamento das produções em decorrência da pandemia.

"A saúde e o bem-estar do público são prioritários para a Galeria Distribuidora e a Santa Rita Filmes. Por esta razão, o lançamento dos filmes A MENINA QUE MATOU OS PAIS e O MENINO QUE MATOU MEUS PAIS, sobre o caso Von Richthofen, será adiado pela pandemia de Coronavírus (Covid-19), decretada pela Organização Mundial da Saúde".

Previamente agendados para o dia 2 de abril, os longas — que vão contar as duas versões da história de Suzane von Richthofen e Daniel Cravinhos, que planejaram e executaram os pais da garota em outubro de 2002 — foram adiados por tempo indeterminado, apesar de ainda estarem previstos para este ano. 

A Menina que Matou os Pais e O Menino que Matou meus Pais traz Carla Diaz e Leonardo Bittencourt como Suzane Von Richthofen e Daniel Cravinhos, respectivamente. Com direção de Maurício Eça e roteiro da criminóloga e escritora Ilana Casoy, os filmes se baseiam diretamente nos autos processuais do caso e cada filme apresentará uma versão diferente conforme as narrativas emergiram nos depoimentos oficiais dos envolvidos.

As produções são os primeiros títulos nacionais a entrarem na lista de longas afetados pela pandemia, que já decretou o adiamento de 007 Sem Tempo Para Morrer, Um Lugar Silencioso - Parte II e Velozes & Furiosos 9. Além destes, a Disney também emitiu nota confirmado o adiamento de outras três produções, MulanOs Novos Mutantes e Espíritos Obscuros.

Segundo a nota divulgada pela Disney, Mulan (prevista para 26 de março), Os Novos Mutantes (2 de abril) e Espíritos Obscuros (16 de abril) seguem previstos para 2020, mas sem data definida. Vale destacar que os dois últimos são produções da subsidiária 20th Century Studios (a antiga Fox).

Com seis indicações ao Oscar e sucesso de público e crítica, "Parasita" chega a mais cinemas no Brasil

Depois das seis indicações que recebeu ao Oscar® 2020 (Melhor Filme, Direção, Roteiro Original, Filme Internacional, Montagem e Desenho de Produção), o público pediu e o circuito exibidor de "Parasita" foi ampliado de 42 para 76 salas. Distribuído no Brasil pela Pandora Filmes e pela Alpha Filmes, o longa já foi conferido por mais de 200 mil pessoas nos cinemas.

O filme dirigido por Bong Joon Ho estará em cartaz, a partir desta quinta-feira (16/1), nas cidades: Aracaju, Belo Horizonte, Belém, Brasília, Caraguatatuba (SP), Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Granja Viana (SP), Itajubá (MG), João Pessoa, Londrina (PR), Maceió, Maringá (PR), Niterói, Pelotas (RS), Porto Alegre, Recife, Ribeirão Preto(SP), Rio de Janeiro, Salvador, São Luís, São Paulo, Teresina e Vitória.

Na trama, todos os membros de uma família estão desempregados e vivendo na miséria, até que o filho mais velho arruma emprego como professor de uma garota rica e o contato dessas pessoas com a vida de luxo e glamour as leva a fazer o necessário para ascenderem socialmente.

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Assim como nos longas anteriores do diretor, a crítica social está presente em "Parasita", desta vez ainda mais forte ao questionar o estado da sociedade atual e a impossibilidade de pessoas de diferentes classes viverem juntas em um relacionamento simbiótico. E é a partir dessa premissa que Joon Ho definiu o título do filme: “há pessoas que esperam viver com outras de uma forma coexistente, mas isso não funciona, então elas são empurradas para uma relação parasitária. É um título irônico”, diz.

Com "Parasita", o diretor quis “retratar a contínua polarização e desigualdade de nossa sociedade. Estamos vivendo uma época em que o capitalismo é a ordem reinante e não temos alternativa. Isso no mundo inteiro. Na sociedade capitalista de hoje, existem castas que são invisíveis aos olhos. Nós tratamos as hierarquias de classe como uma relíquia do passado, mas a realidade é que ainda existem e não podem ser ultrapassadas”, explica. 

O filme é em partes engraçado, assustador e triste, mostrando as inevitáveis rachaduras que aparecem quando duas classes se enfrentam na sociedade cada vez mais polarizada de hoje. "Parasita" leva o público a pensar e sempre é interessante conferir boas obras que não saíram de Hollywood. Um dos longas mais aclamados do ano, exibido em dezenas de Festivais, e uma aposta certa na temporada de premiações em 2020.