“Fogo no Mar” abre o Festival de Cinema da Bienal Internacional de Curitiba

Seis mostras de cinema, dois panoramas e uma retrospectiva em homenagem a Hector Babenco com filmes em 35mm. O Festival de Cinema da Bienal Internacional de Curitiba em 2016 acontecerá na próxima semana, entre os dias 20 e 28 de outubro, e passará por quatro salas da cidade trazendo novidades do cinema nacional e internacional gratuitamente ou a preços irrisórios.

Quatro espaços farão a exibição dos filmes do Festival: o Espaço Itaú De Cinema Shopping Crystal, o Cine Guarani (Portão Cultural), a Cinemateca de Curitiba e o Paço da Liberdade SESC Paraná. 

Para abrir a semana de eventos, a organização do festival programou uma sessão exclusiva do premiado documentário "Fogo no Mar", dirigido pelo italiano Gianfranco Rosi. A sessão de abertura será realizada no dia 20 de outubro de 2016, às 20h, no Espaço Itaú de Cinema - Shopping Crystal. E mais, os ingressos serão baratíssimos: R$ 2 (meia) e R$ 4 (inteira).

O documentário conta a história das imigrações que estão marcando a Europa nos últimos anos e mostra a vida de algumas pessoas diretamente influenciadas pelos processos migratórios.

Outro destaque é o Panorama, dividido em Mundial e Brasil. O internacional vai levar às salas de cinema desde produções como “The Land of The Enlightened”, filmado nos países Afeganistão, Bélgica, Irlanda e Holanda, que conta a história de um grupo de crianças afegãs cava buracos em antigas minas soviéticas e vendem os explosivos para outras crianças que trabalham na mina Lappis Lazulli, até o espanhol “Timecode”, longa-metragem que retrata Diego e Luna, que trabalham numa empresa de segurança em turnos diferentes, mas cujos caminhos começam a se cruzar.

No Panorama Brasil, por sua vez, traz longas metragens de diferentes gêneros e projeções. O destaque da programação nacional vai para o documentário "Cinema Novo", de Eryk Rocha, premiado no Festival de Cannes.

Homenagem a Hector Babenco

Além de exibir longas e curtas-metragens, o Festival de Cinema da Bienal Internacional de Curitiba homenageia em 2016 o cineasta argentino naturalizado brasileiro Hector Babenco.

Falecido em julho deste ano, o diretor marcou o cinema nacional ao conduzir algumas das obras nacionais que conseguiram mais projeção internacional.

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Na sessão Retrospectiva, serão apresentados novamente cinco títulos do artista: “Brincando nos Campos do Senhor”, “Ironweed”, “O beijo da Mulher Aranha”, “O rei da noite”, “Pixote, a lei do mais fraco”.

Confira o guia com a programação completa.

Lea T vem ao Brasil para o Festival de Cinema do Rio

Celebradíssima na comunidade LGBTT, a modelo Lea T vai pisar em terras brasileiras em outubro para participar – e ser homenageada – durante o Festival de Cinema do Rio. Lea T. receberá o "Prêmio Suzy Capó - Personalidade Felix do Ano", que premia personalidades de destaque e que faz alusão à atriz e produtora cultural Suzy Capó, atuante na temática LGBT, que morreu ano passado. 

O prêmio será entregue a Lea T junto com o "Prêmio Felix", que seleciona os melhores filmes de temática LGBT. O Festival acontece entre os dias 06 e 16 de outubro e incluir diversas mostras competitivas, experimentais e com temáticas variadas, além do Rio Market, uma área de negócios que engloba um completo panorama do mercado de audiovisual da América Latina.

Neste ano, a programação desta área será dividida em quatro mercados segmentados: RioMarket TV, RioMarket Film, RioMarket Fashion & Film e RioMarket Advertising.

Mostra competitiva de documentários

Diversas faces do país estão na Mostra Competitiva de Documentários da Première Brasil. Em 2016, os seis filmes que concorrem ao Troféu Redentor na categoria apresentam temas atuais como ecologia, sexualidade, fama, música, drogas e esporte. 

A trajetória da primeira geração de artistas travestis do Brasil é o fio condutor de "Divinas Divas", de Leandra Leal. O grupo, que se apresentava na década de 1970 em Cinelândia repleta de cinemas e teatros, volta a se reencontrar para uma apresentação. Nos bastidores, elas trazem à tona memórias de uma geração que revolucionou o comportamento sexual e desafiou a moral de uma época. 

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Qual o poder de um fenômeno midiático? Beyoncé inspira uma legião de super-fãs dispostos aos maiores sacrifícios para ver sua diva de perto. O documentário "Waiting for B". mostra dezenas de pessoas que acamparam em frente ao estádio Morumbi durante dois meses, fizeram rodízios para guardar lugares e enfrentaram sol e chuva por um lugar na primeira fila. 

A música também está presente em "Super Orquestra Arcoverdense de Ritmos Americanos", documentário sobre a big band que marcou os bailes de Pernambuco e que ainda se apresenta até os dias de hoje em datas comemorativas. No filme de Sérgio Oliveira, um retrato do sertão contemporâneo.

O diretor baiano Sérgio Machado, que acompanhou a rivalidade entre os pugilistas Luciano "Todo Duro" Torres e Reginaldo "Holyfield" nos anos 1990, vai atrás da dupla e reconta suas histórias em "Luta do Século". De infâncias miseráveis aos sucesso dos ringues, como ambos perderam tudo depois do auge e como uma revanche, mais de duas décadas depois, pode trazer de volta o brilho dos anos de glória.

O esporte não evitou que Marco Archer optasse pela vida de traficante internacional. Preso com 13.5 kg de cocaína escondidos em sua asa delta, ele ficou preso por 11 anos na Indonésia, antes de ser fuzilado. Em "Curumim", de Marcos Prado, reflexões sobre suas escolhas, seus últimos meses no corredor da morte e a esperança de ser libertado.

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Depois da grande seca que acabou com os estoques de água nos reservatórios da região do sudeste, a documentarista Eliza Capai resolveu investigar as faraônicas obras de reservatórios na região da floresta Amazônica. No boat movie "O Jabuti' e a Anta, ela colheu depoimentos da população ribeirinha, os pescadores e os indígenas que habitam as margens do rios Xingu, Tapajós e Ene. 

Sobre o Festival do Rio

O Festival do Rio foi criado em 1999 a partir da junção entre a Mostra Banco Nacional e o Rio Cine Festival, eventos que faziam parte do calendário cultural da cidade desde os anos 1980. De lá para cá, o Festival de firmou como um dos mais importantes do mundo e destino obrigatório para os principais destaques cinematográficos do ano.

O evento é realizado pelo Cinema do Rio e pelo Cima - Centro de Cultura, Informação e Meio Ambiente, responsáveis pela produção do Festival, realização da Première Brasil e pelo RioMarket, maior mercado do audiovisual da América Latina.

Alguns dos nomes mais importantes do cinema mundial já passaram pelo Festival apresentando seus filmes. Foram diretores como Roman Polanski, Costa-Gavras, Tom Tykwer, Dario Argento, Leos Carax, Im Sang-soo, João Pedro Rodrigues, Masahiro Kobayashi, Louis Malle, Carlos Saura, John Waters, Peter Greenaway, Stephen Frears, François Ozon, Todd Solondz e os irmãos Paolo e Vittorio Taviani; além de atores como Jeanne Moureau, Samuel L. Jackson, Marisa Paredes, Jeremy Irons, Forest Whitaker, Kylie Minogue, Willem Dafoe, Charlotte Rampling, Ricardo Darín, Danny Glover, Harvey Keitel, Helen Mirren, Isabelle Huppert e Jane Birkin, entre muitos outros.

Documentário de Sérgio Oliveira recorta um Sertão globalizado

O diretor Sergio Oliveira e a roteirista Renata Pinheiro, parceiros em vários trabalhos recentes como o elogiado longa “Amor, Plástico e Barulho” (2013) e os premiados curtas “Superbarroco” (2008) e “Praça Walt Disney” (2011), fazem estreia mundial do documentário “Super Orquestra Arcoverdense de Ritmos Americanos” na mostra competitiva Première Brasil, do Festival do Rio 2016, em outubro.

O filme, que só entra em circuito comercial no País em 2017, segue a linha experimental da dupla pernambucana e desmistifica a ideia de um Sertão puro, colocando-o no global mediante o registro, em tom fabular, da cultura contemporânea liderada pela cinquentenária orquestra de baile Super Oara, de Arcoverde (PE), em contraste com o chamado “progresso” na região nordestina.

No documentário, duas crianças jogam um minigame de som 8-bit, enquanto retroescavadeiras de uma empreiteira trabalham em uma grande obra. Em Arcoverde, cidade a 250km do Recife, o cruzamento de ruídos eletrônicos com o barulho de máquinas anunciam um novo Sertão, impulsionado pela promessa do progresso da modernidade. No entanto, a globalização sertaneja já era uma realidade cultural há pelo menos meio século.

Retrado de um sertão globalizado e de paisagem mítica transformada

É a partir do mote musical que o inédito documentário “Super Orquestra Arcoverdense de Ritmos Americanos” (PE, 79 min, 2016) reflete outras questões sobre o atual momento do Brasil, em particular do Nordeste. Reconhecidos pela verve experimental de seus filmes, Sergio Oliveira e Renata Pinheiro repetem a parceria desta vez, propondo um corte estético ainda mais arrojado e desafiador em torno desse aspecto.

Concorrente da mostra competitiva Premiére Brasil, do Festival do Rio 2016, de 6 a 16 de outubro, no Rio de Janeiro, o filme pernambucano extrai, como ponto de partida, a incrível história da Orquestra Super Oara, fundada em 1958 pelo músico Egerton Verçosa, mais conhecido como o maestro Beto – uma orquestra de baile que sempre se dedicou ao repertório internacional, sobretudo americanizado e canções românticas. No decorrer das filmagens no local, a matéria-prima acabou por revelar um contexto mais amplo.

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“Fiquei intrigado com o nome dessa orquestra, uma abreviação que ainda tem o ‘super’ na frente. Isso já dá a ideia de um Sertão globalizado existente, de alguma maneira, há muito tempo”, conta o diretor Sergio Oliveira. “Mas esse pontapé inicial é uma das curiosidades dentro de um Sertão pouco conhecido, no qual uma classe média se insere em uma cultura diferente, que nos fazem repensar a pureza cultural que erroneamente se atribuiu ao Nordeste”, complementa.

Longe de fazer uma pesquisa meramente musical ou etnográfica, “Super Orquestra Arcoverdense de Ritmos Americanos” realiza um recorte contemporâneo sobre o Sertão nordestino, enfatizando a transformação da paisagem e suas contradições. Filmado por dois anos e meio (entre 2013 e 2015), em Arcoverde, no Sertão pernambucano, o doc. mostra, em tom fabular, o contraste social de uma cidade tomada por jumentos e motos nas ruas, enquanto a orquestra anima festas de debutantes. A construção lenta – quase parada – de obras como a Transnordestina e a Transposição do Rio São Francisco também é tematizada.

“Nas filmagens, ficamos estupefatos com a quantidade de animais nas ruas. São muitos deles, jumentos, burros, galinhas, cachorros...O documentário foi evoluindo de uma maneira que não poderíamos tirar isso de jeito algum. Percebemos que a moto é o novo jumento. E o jumento somos nós. O jumento é quem não está nessa festa, é o símbolo de resistência”, observa o diretor Sergio.

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 A experimentação estética adquire um novo potencial com o tom fabular, que se manifesta através da câmera que acompanha o jumento. Personagem condutor do filme, e também um imigrante à margem da dita prosperidade econômica, ele observa a realidade mais que o homem que o escraviza e, nesse processo de personificação, acaba por interagir em danças e andanças por uma cidade já desmistificada.

A música é outro elemento importante no documentário, funcionando como um ponto de ligação entre o homem e o jumento. Músicas como “New York, New York”, hino na voz de Frank Sinatra; “Smooth Criminal”, de Michael Jackson; “La Vie em Rose”, canção famosa com Édith Paif; e “A Morte do Cisne”, de Tcchaicovsky, compõem a trilha sonora de ar cosmopolita no Sertão. Manifestações populares como o bumba-meu-boi e a participação do grupo Reizado de Caraíbas também participam do longa.   

Produzido pela Aroma Filmes, “Super Orquestra Arcoverdense de Ritmos Americanos” conta com patrocínio do Programa Petrobras Cultural e incentivo do Funcultura/Governo de Pernambuco. 

“Aquarius” é o único filme brasileiro no Festival de Toronto

Entre os dias 08 e 18 deste mês, a capital do Canadá está recebendo o Toronto International Film Festival (TIFF), que neste ano exibe nada mais, nada menos do que 397 filmes. Realizado desde 1976, o evento é conhecido como o “festival de festivais”, pois reúne filmes exibidos previamente em outras seleções cinematográficas. 

A única produção brasileira a entrar na lista desta edição é “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho, que também esteve na lista dos possíveis representantes brasileiros no Oscar 2017 e que também fez parte do Festival de Cannes. O TIFF fez inclusive uma entrevista com a atriz Sônia Braga.

O longa-metragem nacional integra a mostra “Contemporary World Cinema” [Cinema Mundial Contemporâneo], que reúne histórias e perspectivas peculiares sobre as mais diferentes questões, bem como produções sensíveis e olhares humanos sobre questões do cotidiano. 

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Esta é, no entanto, apenas uma das mostras do TIFF, que também apresenta uma seção de descobertas, festival de rua com exibição dos filmes do festival, além de apresentações, exibição e seleção de curtas-metragens, além de bailes de gala.

A mostra "Next Wave" (Próxima Onda) apresenta produções experimentais, enquanto a "Midnight Madness" traz sessões à meia-noite com filmes de terror, suspense, ação e fantasia. Foi inclusive em uma dessas sessões da madrugada que o festival exibiu nesta terça-feira (13) o filme “Grave”, da diretora francesa Julia Ducournau, que levou algumas das pessoas da plateia a desmaiarem. 

Confira a lista completa de filmes exibidos no festival no site do TIFF.

Projeto Cinema no Rio visita 10 cidades e homenageia Guimarães Rosa

Com o sucesso da novela Velho Chico, bombando no horário nobre, o rio da integração nacional ganha evidência e chama a atenção para a cultura, tradições e para o modo de vida do povo ribeirinho. 

É nesse contexto que o projeto Cinema no Rio São Francisco 2016 chega à sua 11ª edição, homenageando um dos escritores mais emblemáticos da literatura em língua portuguesa, Guimarães Rosa, pelos 60 anos da primeira edição do livro Grandes Sertões Veredas. Rosa, a novela e o projeto Cinema no Rio São Francisco têm muito em comum, e isto faz desta versão do projeto de difusão da cultura do Vale e de exibição de filmes, uma das mais especiais já realizadas. 

O Cinema no Rio 2016 já tem data marcada e vai percorrer 10 cidades do trecho mineiro do rio, entre os dias 25 de agosto e 4 de setembro. A exemplo do que ocorreu no ano passado, o trajeto será feito por terra, por conta das atuais limitações de navegabilidade do Velho Chico, no trecho entre as cidades de Manga e Pirapora. 

Ao contrário dos outros anos, a caravana vai subir, ao invés de descer o rio, partindo da fronteira de Minas com a Bahia em direção à sua nascente. Nesta etapa, o Cinema no Rio vai passar pelas localidades de Manga, Matias Cardoso, Itacarambi, Januária, Pedras de Maria da Cruz, São Francisco, São Romão, Ponto Chique, Ibiaí e Pirapora.

Serão exibidos nove filmes, sem contar os documentários produzidos em cada uma das cidades por onde passa o projeto. Na 11ª edição do Cinema no Rio, estão em cartaz:

A Luneta do Tempo” (Alceu Valença)

“O Bem Amado” (Guel Arraes)

“O Ultimo Cine Drive-In (Ibere Carvalho)

“5 X Chico” (Gustavo Spolidoro, Ana Rieper, Camilo Cavalcante e Eduardo Goldstein)

“A mulher que mentia para vender santos” (Produzido pelos alunos do projeto Semiárido em Tela, Luiz Hernandes Azevedo, Maria Clara Vasconcelos, Miriam Cristina, Nara Riana Dantas, Nock Allan Lima e Antônio Eliel Santos)

“Canto de Misericórdia” (Marcela Bertelli, Inácio Neves e Henrique Mourão)

“Disque quilombola” (David Reeks)

“Meninos e reis” (Gabriela Romeu)

“Calango Lengo” (Fernando Miller)

O projeto entrou definitivamente na rotina das populações ribeirinhas do Alto São Francisco e já é parte integrante e aguardada do calendário de cultura e entretenimento das comunidades por onde passa anualmente. 

Grandes sertões

O Cinema no Rio São Francisco e o livro de Guimarães Rosa têm muito mais afinidades do que se possa supor: ambos são ambientados na região do alto São Francisco, embora em outras edições o projeto de exibição e realização de cinema tenha percorrido também o médio e o baixo São Francisco, chegando até a sua foz. 

Outro ponto em comum entre o Cinema no Rio e Grande Sertão Veredas é a forte presença da cultura regional, valorizada por meio da linguagem e formas de expressão, ou através dos personagens locais, retratados tanto no livro quanto nos documentários que são produzidos em cada localidade por onde passa o Cinema no Rio.

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Mas o objetivo primordial do projeto sempre foi levar o encanto do cinema para a população ribeirinha do Velho Chico. “Pela segunda vez, somos obrigados a fazer todo o trajeto por terra, em uma adaptação forçada à grande seca do rio que, de tão baixo, não permitia a navegação. Agora, voltamos a percorrer o trajeto por terra, torcendo pela recuperação do Velho Chico e pela sua normalização”, adiantou o idealizador e coordenador geral do Cinema no Rio São Francisco, Inácio Ribeiro Neves. 

“A proposta do projeto é a democratização do acesso à cultura por meio da exibição de curtas e longas-metragens nacionais em comunidades que vivem a beira do rio da integração nacional”, define Inácio Neves. Desde 2004, mais de 300 mil pessoas assistiram às sessões de cinema ao ar livre, que reúnem crianças, jovens e adultos, incluindo muitos moradores que nunca haviam visto um filme na telona. 

“A proposta do projeto é a democratização do acesso à cultura por meio da exibição de curtas e longas-metragens nacionais em comunidades que vivem a beira do rio da integração nacional”

“Já realizamos 10 edições e vamos iniciar agora a décima primeira. Isto é um feito raro, só possível pela confiança dos parceiros e patrocinadores. Tenho orgulho de contar em todos esses anos, com o imprescindível patrocínio da Oi e Petrobras, que demonstram assim sua sensibilidade em relação à valorização da cultura ribeirinha e à sua inserção fora do Vale do São Francisco”, reconhece Inácio Neves.

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O projeto também busca denunciar a situação do Vale do São Francisco a partir dos documentários que produz e das atividades que realiza. O Cinema no Rio também busca valorizar as belezas locais e fazer com que mais pessoas se encantem pelo rio, chamando a atenção para a urgência da preservação do rio e de seus afluentes.

Além da exibição em praça pública de filmes em longa e curta metragem, com direito à tradicional pipoca, o projeto também produz e exibe um documentário em cada comunidade por onde passa, além de realizar oficinas de fotografia que buscam despertar um novo olhar sobre o ambiente e o cotidiano das crianças e adolescentes das escolas públicas, quem sabe, despertando futuras vocações. 

Confira as cidades participantes e a programação completa do Festival Cinema no Rio no site oficial do evento. 

Festa do Cinema Italiano chega ao Brasil

Um evento sobre o cinema italiano que nasceu em Portugal e agora chega ao Brasil. Isso mesmo, o 8 ½ Festa do Cinema Italiano é um evento cinematográfico lançado em Lisboa em 2008 que, em quase dez anos, expandiu sua programação para diferentes países de língua portuguesa, como Angola e Moçambique, e agora expande seu alcance por aqui, depois de duas edições restritas a Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Em sua terceira edição no Brasil, 8½ – Festa do Cinema Italiano amplia seu circuito para mais sete salas em diversas capitais nacionais: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba e Florianópolis, além da já citada Porto Alegre.

No Brasil, a 8½ Festa do Cinema Italiano é organizada pela Associação Il Sorpasso em colaboração com Mottironi Editore e as cadeias de cinema Espaço Itaú e Cinespaço, com o apoio institucional da Embaixada da Itália em Brasília, dos Institutos Italianos de Cultura de São Paulo e Rio de Janeiro e do Ministério da Cultura Italiana (MIBACT Direzione Cinema), e patrocinado pela Pasta Garofalo.

Acesse o site da 8½ Festa do Cinema Italiano para conferir a programação completa, os horários e salas de exibição dos filmes e saber mais sobre o evento. Veja quais foram os longas selecionados para integrarem a Festa do Cinema Italiano em 2016!

Paro Quando Quero

25/08, quinta-feira, às 19h | 28/08, domingo, às 21h30

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Um grupo de investigadores universitários desempregados decide produzir e comercializar a melhor smart drug do mercado, transformando-se na gangue traficante mais improvável da cidade.
Pietro recruta no seu grupo todos os seus amigos desempregados: excelentes acadêmicos, latinistas, antropólogos etc. O objetivo é fazer dinheiro e restituir a cada um deles um mínimo de dignidade. Mas as coisas começam a tomar um outro rumo.

Loucas de Alegria

25/08, quinta-feira, às 21h30 | 29/08, segunda-feira, às 19h

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Beatrice Morandini Valdirana tem transtorno de personalidade, gosta de fazer drama e se autodenomina condessa, além de conhecer Deus em sua intimidade. Donatella Morelli é uma jovem tímida e frágil que guarda um doloroso segredo.

Ambas são internas de um hospital para mulheres com distúrbios mentais e são consideradas socialmente perigosas. Beatrice e Donatella desenvolvem uma improvável amizade, e fogem à procura de um pouco de felicidade no manicômio a céu aberto que é o mundo dos sãos

Não Seja Mau

26/08, sexta-feira, às 19h | 29/08, segunda-feira, às 21h30

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Uma história de amizade e dependência química ambientada nos anos 90, nos subúrbios de Roma, nos mesmos lugares onde Pasolini trazia à vida as personagens dos seus filmes. O filme narra a história de amizade entre Vittorio e Cesare. Eles vivem na periferia da grande Roma, na litorânea Ostia.

Com apenas 20 anos, levam uma vida tão alucinada, em meio a drogas e festas, quanto dura, em um cotidiano difícil e sem oportunidades. Em busca de uma nova vida, Vittorio abandona Cesare, que mergulha cada vez mais no submundo. Mas os laços entre eles são fortes demais para se romperem.

As Confissões

26/08, sexta-feira, às 21h30 | 30/8, terça-feira, às 19h

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Em um hotel de luxo na Alemanha, um G8 dos ministros de economia está para se reunir pronto a adotar uma manobra secreta que afetará gravemente alguns países. Além deles, também está ali um monge italiano, Roberto Salus. Um fato trágico e inesperado faz com que a reunião seja suspensa.

Em um clima de dúvida e medo, inicia-se um embate: os ministros suspeitam que Salus, por meio da confissão de um deles, tenha descoberto sobre a terrível manobra, e fazem de tudo para que ele diga aquilo que sabe. Enquanto o monge aproveita-se do segredo da confissão, os políticos, tomados pelo remorso e incertezas, começam a vacilar

Meu Nome é Jeeg Robot

27/08, sábado, às 19h | 30/08, terça-feira, às 21h30

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Enzo entra em contato com uma substância radioativa que lhe dá uma força sobre-humana. Fechado, introvertido e solitário, Enzo usa os seus novos superpoderes para a sua carreira de delinquente, envolvendo-se com a máfia. Tudo muda, porém, quando encontra Alessia: uma garota instável que está convencida de que Enzo é o famoso herói do desenho animado japonês, Jeeg Robot. Enzo aprende então o valor de ajudar os outros. 

Amor Eterno

27/08, sábado, às 21h30 | 31/08, quarta-feira, às 19h

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O romance Amor Eterno conta a história de Amy (Olga Kurylenko), uma estudante de Astrofísica na Universidade de Edimburgo. Ela tem um romance secreto com o famoso astrofísico Dr. Ed Phoerum (Jeremy Irons). Apesar de seu relacionamento ser complicado, já dura seis anos e ela é feliz.

Até que Ed some, deixando Amy sozinha e insegura sobre os rumos a seguir. O que Amy não esperava era que Ed deixaria diversas correspondências e vídeos  com importantes mensagens e lições de vida que ajudar iam ela a superar as dificuldades.

As Consequências do Amor 

27/08, sábado, às 19h | 30/08, terça-feira, às 21h30

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Titta Di Girolamo tem uma vida enfadonha. Vive em um hotel na Suíça há quase 10 anos e passa os seus dias a espera de que algo aconteça. Com uma rotina rígida, Titta ignora os que estão a sua volta e não mostra emoções. Até que um dia decide quebrar uma das suas regras e troca algumas palavras com Sofia, a atraente barwoman do hotel. A partir desse momento, o terrível passado de Titta começa a se revelar.