Crítica do filme Universidade Monstros | Um novo e divertido mundo de monstros

A Pixar é especialista em fazer animações com personagens que, ainda que fora do comum, são muito simpáticos. Lá em 2001, o estúdio nos apresentou dois monstrinhos engraçados que formavam uma bela dupla e trabalhavam na empresa Monstros S.A. Juntos, eles salvaram o dia e ajudaram uma simpática mocinha chamada Boo.

Agora, 12 anos depois do primeiro filme, temos a oportunidade de conhecer a continuação que, na verdade, é um prelúdio. Esta é a bonita história de um monstrinho que sonhava em ser um assustador. Uma criaturinha verde que batalhou para entrar na "Universidade Monstros". Este é o começo da amizade de Wazowski e Sullivan.

Não adianta querer negar. Todos nós queríamos uma continuação de Monstros S.A. com os três personagens principais – sim, todo mundo queria a Boo no segundo filme. A Pixar não fez isso, mas, para compensar, nos deu uma animação de excelente qualidade e recheada de imaginação. Universidade Monstros é um filme que surpreende e diverte muito!

É bom comentar que a Pixar tinha uma grande responsabilidade em mãos: não decepcionar a legião de fãs que ela conquistou com a primeira aventura dos assustadores. O estúdio soube exatamente como conduzir uma história nova que agrada com personagens inéditos. Não é para menos, afinal, o roteiro deste filme é de autoria dos mesmos escritores de Monstros S.A.

Abordando uma série de situações típicas de uma universidade, a animação consegue entreter os adultos que já passaram por situações semelhantes e divertir a criançada que ainda nem sabe como é essa fase de descobertas. As piadas são bem distribuídas e, como de praxe, há momentos que conseguem passar emoções fortes ao público.

Devo dizer que fiquei boquiaberto com a qualidade gráfica da animação. Claro, depois de 12 anos, não é de se admirar que a Pixar tenha evoluído sua técnica. Na Universidade Monstros, o estúdio abusou da criatividade para criar uma enormidade de monstros. É um mundo novo e que convence muito o público. Nesse sentido, este filme é mais ousado que o primeiro.

Os cenários são incrivelmente detalhados e as cenas que mostram um pouco do mundo dos humanos são perfeitas. Todo esse trabalho visual é perfeitamente complementado com uma trilha especialmente feita para o filme. A dublagem nacional também merece destaque, afinal, as vozes que dão vida a nossos amigos estão de volta.

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Enfim, eu não tenho defeitos para botar no filme. Fiquei contente em ver que a Pixar preferiu dar um rumo diferente aos personagens, do que se arriscar em criar uma continuação que pudesse estragar nossa imaginação sobre o futuro de Mike, Sulley e Boo.

Seja você um fã de Monstros ou da Pixar, tenha a certeza de que a matrícula na "Universidade Monstros" é garantia de alegria e diversão!

Crítica do filme Homem de Ferro 3 | Não é preciso uma (ou 50) armadura para ser um super-herói

Quando o primeiro Homem de Ferro saiu lá em meados de 2008, ninguém imaginava o sucesso estrondoso que Tony Stark faria. Naquela época, até então, o gênio/bilionário/filantropo não era o tipo de herói preferido da galera, mas as coisas iriam mudar.

Com a brilhante estratégia da Marvel Studios, Iron Man não apenas se consagrou como um dos melhores filmes de super-herói de todos os tempos, mas também abriu as portas do universo da editora nos cinemas, trazendo nos anos seguintes: Thor, Capitão América, Hulk, Homem de Ferro 2 e, por fim, sua obra prima, Os Vingadores.

Esta sequência de filmes fechou a fase 1 da Marvel, e, com a mesma responsabilidade do seus antecessores, Homem de Ferro 3 estreiou com a tarefa de abrir a fase 2 – uma nova sequência até o almejado Vingadores 2, marcado para 2015.

Mas por que eu estou falando tudo isso? É simples. O fator motivador para assistir a terceira aventura do Stark nas telonas é justamente ver como se dará o inicio desta segunda fase. E é nesse aspecto, tristemente, que "Homem de Ferro 3" falha.

Confesso que fiquei um pouco decepcionado com o final, e ainda com sua cena pós-crédito. Não existem pontas ou referências diretas para o que virá no futuro do(s) personagem(ns) e do universo Marvel. Esse capítulo também não fecha uma trilogia, como o acontecido no Cavaleiro das Trevas. É como se fosse mais uma história, na qual toninho precisa trabalhar duro para vencer o vilão no final. Ao meu ver, o plano para a fase 2 ainda não está totalmente fechado lá nos escritórios da firma.

Chega de balelas, vamos à parte legal!

Desta vez, o filho pródigo da família Stark (sério, se você não assiste Game of Thrones, está vacilando) está meio piradão da cabeça, devido aos acontecimentos d’Os Vingadores. Depois da batalha de Nova Iorque, Tony (Robert Downey Jr.) está obcecado por construir novas, e cada vez melhores, armaduras. Junte essa paranóia toda ao fato de termos um novo vilão no pedaço, o Mandarim (Ben Kinsley – mandando bem como sempre). A treta rola solta.

Porém, com a entrada do diretor Shane Black na jogada, temos um novo rumo para a franquia. Nessa vez, um foco maior no lado humano de Tony Stark é mostrado. Apesar das milhares de armaduras novas, o herói fica mais tempo fora delas – o que traz uma nova tônica ao roteiro.

Temos um Tony de volta as origens, ao melhor estilo mecânico de borracharia, lembrando muito o primeiro filme, construindo coisas com os poucos materiais disponíveis. Por se passar na época de natal, pode ser um comentário nada a ver, mas muitas cenas me lembraram “Esqueceram de Mim” (assista e você entenderá).

Shane Black também cumpre sua parte e dá um ritmo (de festa) bem interessante à história, mesclando boas cenas de ação com a boa e velha pitada de humor. Importante citar também a grande referência ao combate ao terrorismo e a guerra no oriente médio, o que dá ao filme um maior grau de realidade.

A trama criada não é super genial, mas tem os seus momentos. Homem de Ferro 3 é um bom filme do gênero super-herói, e mantém o padrão de qualidade de seus antecessores. Esse é um filme para se ver nos cinemas! E que venha os próximos filmes da Marvel…

Crítica do filme A Morte do Demônio | Excesso de brutalidade atrapalha o terror

Deixemos o passado para trás. Hoje, não quero falar sobre “Evil Dead” de 1981 - dirigido por Sam Raimi -, mas quero abordar o novo longa do diretor estreante Fede Alvarez. Anunciado como o filme mais apavorante que você vai ver na sua vida, “A Morte do Demônio” vem para focar no terror e deixar o humor de lado.

Nesse quesito, a obra de Alvarez atingiu sua meta. O filme é realmente aterrorizante e repleto de baldes de sangue, vômito, miolos e violência gratuita. Para oferecer esta experiência brutal, o filme se apoia em uma história bem superficial, a qual é desenvolvida em alguns poucos minutos no início da projeção.

Era uma vez um demônio e uns jovens burros

Na trama, um grupo de jovens resolve passar uns dias em uma casa na floresta para ajudar Mia (uma garota drogada) em seu processo de desintoxicação. O cenário é um ambiente que eles já conheciam, mas, nesta visita, eles encontram o Livro dos Mortos - uma espécie de livro do Capiroto. E é claro que alguém vai mexer com o que não deve...

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Então, o mesmo tempo que você levou para ler o parágrafo acima é usado no filme para explicar o que acontece antes do demônio começar a zoar com a galera de jovens inocentes. O restante do filme é basicamente baseado em cenas nojentas e que tentam impressionar o público com violência brutal. As atuações não são as melhores, sendo que algumas são deploráveis (caso de Elizabeth Blackmore).

Não desmerecendo o filme, mas posso garantir que este não é o filme mais apavorante que vi em minha vida. Creio que o principal problema que estraga o clima de terror é o excesso de terror. A insistência na brutalidade, as cenas consecutivas de violência e as mortes constantes não deixam que o público respire ou faça uma pausa para se assustar.

Uma dica: se você vai ver o filme, evite usar a lógica e pensar nas dores que uma pessoa poderia suportar, pois o filme não tem qualquer comprometimento com a realidade e o exagero é constante.

Quando o excesso de terror acaba com o terror

Depois de alguns sustos, você já não se impressiona com as pessoas se contorcendo, com a mutilação e as possessões. A cena inicial do filme talvez seja uma das mais amedrontadoras, pois ali vemos o “Coisa Ruim” assustar sem fazer grande esforço. Aqui, no início, a tática usada em outros filmes dá certo: basta usar vozes mais graves e focar na cara do demônio.

Nos demais 80 minutos de filme, o demônio propriamente dito fica quase que enjaulado, o que impede que os sustos sejam mais horripilantes. Apesar da entidade nem sempre passar a sensação de medo, “A Morte do Demônio” obtém sucesso com efeitos bem aproveitados. As cenas aceleradas e os recursos sonoros ajudam a manter o clima de tensão. A utilização de múltiplos clímaces também é um aspecto que foi válido para manter o filme empolgante.

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Ainda que não seja tão assustador e traga uma história superficial, a obra de Alvarez é uma película aceitável que pode assustar espectadores que não estejam acostumados com filmes do gênero. Aos que já viram muito terror, o filme não é uma grande surpresa, mas pode passar uma sensação de incômodo constante. Tenha você visto ou não a versão antiga, vale conferir este longa brutal e sanguinolento.

Crítica do filme Oblivion | Tom Cruise em um SciFi intrigante e belíssimo

Estamos no futuro e a Terra já não é mais a mesma. Há seis décadas, os saqueadores (Scavs) destruíram a Lua e o planeta sofreu com tsunamis, terremotos e outros tipos de desgraças. No fim, os humanos ganharam a guerra. Esse é um resumo que Jack Harper (Tom Cruise), um dos sobreviventes que permaneceram na Terra, nos conta logo no início da película

Em seguida, sabemos que Jack e Victoria (a companheira de Harper) fazem parte de uma missão para cuidar dos drones (robôs automatizadas em formato de pequenas esferas) que protegem enormes maquinários que obtêm recursos vitais úteis para uma base dos humanos que foi instalada em uma lua de Saturno.

Uma ficção superficial, mas curiosa e intrigante

Pronto, em algumas linhas você sabe qual é a premissa básica de Oblivion; e isso seria tudo se ninguém fizesse perguntas. Acontece que Jack começou a questionar. Parte das dúvidas de Harper apareceram porque ele frequentemente sonha com a antiga New York (que existiu antes dele nascer) e com uma moça em particular que parecia ser alguém especial.

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Um terço do filme se resume nas missões de Jack e na relação que ele tem com Victoria. Essas cenas são fundamentais para nos vender a ideia do filme e nos mostrar como funciona o mundo de Oblivion. No entanto, depois de alguns passeios e explicações básicas, ocorre a queda de uma nave na Terra, e a partir daqui começam a ocorrer uma série de reviravoltas.

O roteiro do filme não é muito extenso e poucas explicações são dadas no decorrer da história. Apesar desses detalhes, Oblivion consegue manter o público atento, pois as belas cenas de exploração são detalhadas. As poucas explicações também não são um problema, aliás, é até melhor que não houve aprofundamento, pois isso poderia estragar todo o filme.

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Em Oblivion, poucos personagens são apresentados e os que aparecem para falar de verdade se expressam muito bem. Fiquei um pouco chateado com a pequena participação de Morgan Freeman, mas tudo é justificado pela proposta do longa. O mais interessante é ver que Tom Cruise mais uma vez mandou muito bem em um SciFi - o último trabalho dele em uma película do gênero foi em Guerra dos Mundos (2005).

Antes da estreia de Oblivion, visitei o site oficial para ouvir a um trecho da trilha sonora - e foi o suficiente para me conquistar. Ao apreciar a obra musical no cinema, conclui que a trilha foi magistralmente pensada. Desde as primeiras cenas (que mostram os sonhos de Jack) até as cenas de ação são embaladas por canções que emocionam e empolgam.

Enfim, Oblivion é uma viagem muito bonita ao futuro. A fotografia é perfeita, os trajes - felizmente - não são muito futuristas (algo que evita a estranheza) e veículos e armas não fogem da proposta. Com essa bela trilha acima, é impossível você não sair da sala de cinema com um sentimento de que viu um futuro belo - aliás, muito aqui me lembrou da sensação que tive em Solaris.

Vale o ingresso?

Oblivion não é a melhor ficção científica de todos os tempos, mas é um filme que se mantém interessante na maior parte do tempo - principalmente com as reviravoltas que deixam Jack e os expectadores duvidosos sobre o que vem a seguir. As ideias não são de originalidade ímpar, mas o filme conta com alguns elementos que o tornam bem empolgante.

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A direção de Kosinski (o mesmo de Tron: O Legado) é digna de elogios, principalmente em algumas cenas de ação em meio aos belos cenários da Terra pós-apocalíptica. Se você gosta de SciFi e quer ver algo diferente de Star Trek (que talvez seja a melhor Ficção deste ano), então Oblivion é uma viagem obrigatória que provavelmente lhe trará grande alegria.

Crítica do filme Django Livre | Aquele western que você vai querer assistir com seu pai

Pra não perder a piada do título, este filme é livre das correntes de “meu Deus, tenho que fazer um mega blockbuster e fazer muito dinheiro”, o que é irônico, uma vez que estamos falando de nada menos que um filme de Quentin Tarantino. Mas irei explicar o porquê dessa introdução depois.

Saindo da sala de cinema de Django (o D é mudo) já escuto a primeira conversa do pessoal sentado ao lado: “E aí cara, gostou do filme?”, e o outro responde: “Cara... é Tarantino!”. Sim, o nome do diretor tem peso, e já sabemos disso. Temos certeza que faremos valer a pena aqueles R$6,00 gastos na sessão das 19h30 de quarta-feira.

Sim, o filme é muito bom, sendo o mais simples e objetivo o possível. Tudo que um fã de Tarantino gosta está lá, nos seus mínimos detalhes, como a própria marca registrada do diretor.

A violência instantânea manchada por muitos litros de sangue (dessa vez passa, é um western, ok?!); as jogadas de câmeras permeadas pelos efeitos sonoros clichês; a trilha sonora escolhida a dedo, misturando Ennio Morricone, hip hop e música castelhana; as longas cenas de diálogo entre os personagens; Samuel L. Jackson... tudo dentro do pacote. (Quase tudo)

Mas, "Django Livre" não entrou no top top dos melhores do diretor na minha listinha. O que faltou? Nada. O maior erro do filme, e chamar de erro pode até ser muito exagerado, é ser longo de mais. Tarantino filmou sem correntes nenhuma, sem peso. Foi filmando, filmando, filmando... e terminou com a versão comercial com 2h45 de duração.

Ele não tem pressa. Conta a história do escravo negro e seu fiel amigo (ex-nazista) caçador de recompensas ao passar de um trote de cavalo. Django conquista a liberdade, ganha um parceiro e vai resgatar sua bela mulher de ninguém menos que Leo DiCaprio (sim, ele também está lá, e está fenomenal). Dentro disso tudo, um filme de quase 3 horas acaba sendo grande de mais.

Pode parecer uma crítica meio boba, mas eu senti falta dos bons e velhos capítulos, o único detalhe que não entrou dessa vez. A divisão dos filmes em capítulos sempre deu uma certa “cadência” para as histórias de Tarantino, tornando cada um uma obra de arte cinematográfica. Dessa vez não tivemos isso, e confesso que me perdi algumas vezes no final, achando que iria terminar em diversas partes. Mas não, tinha sempre alguém mais para morrer.

Críticas à parte, o bang bang sulista de Tarantino cumpriu seu papel, e quem é fã do seu trabalho, de Western, de Samuel L. Jackson, de filme bom, tem que assistir! Pode não ser o melhor, mas... cara, é Tarantino!

Crítica do filme A Viagem | Tudo está conectado, mas nem tudo se conecta

O cinema nos levou a muitas jornadas nos últimos tempos. Tivemos “As Aventuras de Pi”, “O Hobbit” e, por último, “A Viagem”. Venho hoje contar como foi minha experiência com essa mais recente, uma obra que leva o espectador em uma viagem através do tempo para conhecer como a história da humanidade é conectada.

Eu estaria mentindo se relatasse que o mais recente longa dos Wachowski não me deixou curioso e ansioso para descobrir o que tanto havia neste universo mágico. Também, não posso negar que depois de longas três horas de projeção e uma verdadeira confusão de fatos, o filme me deixou sem respostas e muito pensativo.

Roteiro ambicioso, mas com conexões complicadas

Se você ainda não conferiu o filme, vale uma breve explicação. Em “A Viagem”, você é levado a presenciar uma série de acontecimentos com personagens aleatórios que vivem em diferentes épocas. Não se trata de um longa que leva uma história até um ponto e a conecta com a próxima. Também não é um filme montado com uma ordem cronológica bem definida.

A ideia do filme em abordar diferentes histórias em épocas passadas, presente e futuras não é ruim. Todavia, o que percebi é que na tentativa de abraçar tudo, o roteiro do filme acaba não comportando cada capitulo do todo com riqueza de detalhes – algo que gera uma confusão depois de uma hora e tanto de projeção.

Além disso, ao misturar as histórias de forma aleatória, “A Viagem” deixa o espectador muito perdido, pois muitas vezes demora para que uma das linhas seja retomada e é fácil se perder em meio a tantas informações.

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Na tentativa de criar uma ligação entre os acontecimentos e dar o tom de continuidade, o longa-metragem aproveita os mesmos atores para que o público também reconheça essa conexão através do tempo. Assim, para que os personagens fiquem convincentes, o filme abusa a todo momento da maquiagem.

A ideia é boa, mas a execução nem tanto. Resultado? Muitas vezes, você pode se pegar olhando para a falta de capricho nas maquiagens. Felizmente, os figurinos são de qualidade, de modo que não é possível encontrar um personagem fora de época.

A arte é a base de Cloud Atlas

Apesar da confusão no roteiro e das maquiagens pouco convincentes, “A Viagem” é um filme que impressiona pelos visuais. A fotografia ambiciosa deixa o público interessado em conhecer o que há de místico por trás de cada cenário. A ambientação futurista é muito boa, bem como os acontecimentos no passado conseguem levar o espectador em uma jornada inusitada.

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A trilha sonora do filme é simplesmente emocionante. O tema principal que leva o mesmo nome do título do longa é incrivelmente bem trabalhada. As demais composições também são coerentes com a história e deixam o filme completo.

Se você prestar muita atenção, no fim do filme, você dificilmente vai encontrar uma moral ou uma conexão em tudo, mas isso não é ruim. “A Viagem”, apesar de tudo, é uma bela obra de arte que tem diversas lições a ensinar. Para mim, a principal é de que o humano não tem fé em si próprio, que sempre vamos acabar nos estragando e que é preciso de um pouco mais de amor para fazermos esta viagem juntos.